quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Artistas e produtores se unem para pedir a preservação do Teatro Valdemar de Oliveira

 PATRIMÔNIO

Manifestação pelo tombamento do Teatro Valdemar de Oliveira ocupou a Praça Oswaldo Cruz, na Boa Vista, nesta quarta-feira (27)


                                  Por Eduarda Carvalheira

Estado de depredação do interior do Teatro Valdemar de Oliveira - Foto: Walli Fontenele/Folha de Pernambuco

Um grupo de artistas, produtores culturais e entusiastas sensibilizados se reuniu, ontem, na Praça Oswaldo Cruz - no bairro da Soledade, área central do Recife - para reivindicar o tombamento do Teatro Valdemar de Oliveira.Organizado pelo dramaturgo Oséas Borba, o ato é uma manifestação contra o estado de abandono no qual se encontra o equipamento cultural, alvo constante de arrombamentos, roubos e depredações.  

Borba integra o Grupo João Teimoso, responsável pelo pedido de tombamento do antigo Nosso Teatro, junto à Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) e ao Movimento Guerrilha Cultural, em dezembro de 2022.

Estado de depredação do Teatro Valdemar de Oliveira, 2023 | Crédito: Walli Fontenele/Folha de Pernambuco

"Nosso interesse é manter a memória de Valdemar e do teatro viva", destacou o produtor cultural em conversa com a Folha de Pernambuco. "No pedido, a gente colocava que o espaço deveria passar a ser chamado de Nosso Teatro Valdemar de Oliveira. Então, esse é o nosso teatro. Vamos reabrir o nosso teatro".

Fundação na década de 1970
Fundado em 1971 pelo médico e teatrólogo Valdemar de Oliveira, a casa de espetáculos possui um valor afetivo e social para a comunidade artística e cívica de Pernambuco, sendo palco de grandes sucessos internacionais e produções de teor progressista e revolucionário, durante décadas. 

Segundo o ator Jorge Féo, os cursos ofertados pelo Teatro Valdemar de Oliveira foram fundamentais para o início de sua jornada artística. Ao ser perguntado sobre o quantitativo de produtores culturais ao seu redor, o ator revelou ter trabalhado com a maioria, e acrescentou ainda: "As pessoas que abraçam esse teatro não são somente da classe teatral. A sociedade como um todo passou por esse teatro, desde estudantes das escolas públicas até das mais caras dessa cidade."

Atualmente, o Teatro Valdemar de Oliveira pertence ao Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP), coletivo formado pelos herdeiros de Valdemar e outros associados. Em meio a pandemia, o processo de assolação do edifício progrediu exponencialmente, alcançando sua máxima nos últimos meses. As instaurações do teatro foram reduzidas a destroços e resíduos, a fachada vandalizada, e parte da estrutura, como o teto, as paredes e as escadas, destruída.

Para o professor de geografia, Fábio Soares, a manifestação demonstra como o Teatro Valdemar de Oliveira, na verdade, não está "tão abandonado assim". Ao falar sobre sua relação com o espaço cultural, o professor revisitou as peças que o transformaram quando criança. "Dói no coração ver o teatro dessa forma", desabafa.

Processo de tombamento
No último dia 22, foi publicada, no Diário Oficial do Estado, o deferimento da abertura do processo de tombamento do Teatro Valdemar de Oliveira pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).  Até a conclusão do processo, o imóvel tem as mesmas prerrogativas de bem efetivamente tombado, a não ser que os proprietários sejam contrários à medida e solicitem o seu cancelamento. 

Em uma nota publicada na última terça-feira, o TAP assumiu uma posição contrária ao movimento pelo tombamento do teatro, alegando um 'ônus burocrático capaz de retardar a restauração efetiva do equipamento cultural". 

Em pronunciamento oficial, a Secretaria Estadual de Cultura (Secult) e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) revelaram que o pedido de tombamento do equipamento cultural não havia sido recusado e, que, após a publicação do edital, o TAP terá 30 (trinta) dias para entrar com uma solicitação de impugnação do tombamento.


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CIENTISTAS Cientistas encontram microplásticos nas nuvens

 

Em um estudo publicado no Environmental Chemistry Letters, cientistas japoneses escalaram o Monte Fuji


Nuvens de chuva - Foto: Reprodução/Climatempo

Um grupo de cientistas confirmou a existência de microplásticos nas nuvens e que provavelmente podem depender do clima, embora não se saiba como.

Em um estudo publicado no Environmental Chemistry Letters, cientistas japoneses escalaram o Monte Fuji e o Monte Oyama para coletar água da neblina que envolve os cumes das montanhas.

Em seguida, analisamos as amostras para determinar suas propriedades físicas e químicas.

A equipe estabeleceu novos tipos de polímeros e um de borracha em microplásticos transportados pelo ar, cujos tamanhos oscilavam entre 7,1 e 94,6 microômetros.

Cada litro de água da nuvem continha entre 6,7 e 13,9 partículas de plástico.

Foram abundantes os polímeros "hidrófilos", o que sugere que essas partículas desempenham um papel importante na rápida formação das nuvens e, portanto, nos sistemas climáticos.

“Se o tema da ‘contaminação do ar por plástico’ não for abordado de forma proativa, a mudança climática e os riscos ecológicos podem se tornar realidade, causando danos ambientais irreversíveis e graves no futuro”, alertou, nesta quarta-feira (27) , o autor principal do estudo, Hiroshi Okochi, da Universidade de Waseda, em um comunicado.

Quando os microplásticos chegam à camada superior da atmosfera e se expõem aos raios ultravioleta do sol, degradam-se, contribuindo para a geração de gases de efeito estufa, acrescentou Okochi.

Os microplásticos são partículas de plástico com menos de 5 milímetros. São emissões de emissões industriais, de têxteis, pneus sintéticos e produtos de cuidados pessoais, entre outros.

Já foram encontrados dentro de peixes nas profundezas dos oceanos, no gelo marinho do Ártico e na neve das montanhas dos Pirineus, entre a França e a Espanha. Mas ainda não se sabe como o transporte de partículas funciona.

“Até onde sabemos, este é o primeiro relatório sobre microplásticos em suspensão na água das nuvens”, escreveram os autores do estudo em um artigo.

Pesquisas demonstraram que os microplásticos afetam a saúde, por exemplo, o coração, os pulmões, além de causar danos ambientais.


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Lula vê Brasil como "imbatível" em transição energética

 “Num país que tem a capacidade de produção eólica, solar, hídrica, biomassa, hidrogênio verde, biodiesel, etanol, é praticamente impossível de sermos batidos", disse o presidente

Brasília, (DF) – O presidente Luiz Inàcio Lula da Silva, participa da cerimônia de assinatura de contratos de concessão do primeiro leilão de linhas de transmissão de 2023 (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (27) que o Brasil tem potencial para se tornar o país mais competitivo do planeta na produção de energia limpa e sustentável ao longo das próximas décadas. A declaração foi dada durante cerimônia de assinatura dos contratos de concessão decorrentes do primeiro Leilão de Linhas de Transmissão de 2023, realizado em junho. O leilão foi o maior da história do país, com previsão de R$ 15,7 bilhões de investimentos em mais de 6 mil quilômetros de linhas de transmissão em seis estados brasileiros.

“Não tem outro assunto discutido no mundo hoje que não seja a questão climática. E dentro da questão climática, a questão energética. E dentro da questão energética, a transição de uma energia fóssil para uma energia limpa. E, nesse aspecto, eu acho que o Brasil pode se transformar num país imbatível do ponto de vista de competitividade”, afirmou o presidente.

Lula destacou a capacidade de expansão da produção de energia em diferentes segmentos e comparou o Brasil com o papel desempenhado pela Arábia Saudita, um dos maiores produtores de petróleo do planeta.

“Num país que tem a capacidade de produção eólica, solar, hídrica, biomassa, hidrogênio verde, biodiesel, etanol, é praticamente impossível de sermos batidos por alguém. O que é importante é que a gente tenha dimensão da responsabilidade que está nas nossas mãos, de que os estados pobres do Nordeste podem ganhar com essa transição energética, assim como a região Norte”, disse.

“É por isso que nós colocamos no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] o equivalente ao investimento de R$ 60 bilhões. Aquilo que a Arábia Saudita significou para o combustível fóssil no século 20 e nesse quarto do século 21, o Brasil pode significar na transição energética, da energia limpa”, completou.

Linhas de Transmissão - Ao todo, o leilão das linhas de transmissão prevê 33 empreendimentos a serem construídos na Bahia, no Espírito Santo, em Minas Gerais, Pernambuco, no Rio de Janeiro e em Sergipe. O prazo para operação comercial dos empreendimentos varia de 36 a 66 meses, para concessões por 30 anos, contados a partir da celebração dos contratos.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou a relevância dos investimentos, que vão reforçar, principalmente, segundo ele, as redes de transmissão da região Nordeste e do norte da região Sudeste, expandindo a capacidade do transporte de energia limpa e renovável para o Sudeste, que é o centro de carga do país. Das 29 empresas participantes do leilão, 8 eram estrangeiras.

“Nós temos arcabouço regulatório estável, respeito aos contratos, previsibilidade e, sobretudo, estabilidade política e social. Não é a toa que hoje estamos assinando os contratos do maior leilão de transmissão já realizado. Conseguimos mais de 50% de deságio nos valores iniciais previstos, é economia de mais de R$ 1 bilhão por ano para o consumidor brasileiro, além de gerar mais de 60 mil oportunidades de empregos diretos e indiretos”, afirmou o ministro. - Pedro Rafael Vilela, da Agência Brasil.


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"Marco Temporal vai cair de novo no STF", diz Gleisi após aprovação pelo Senado

'Inacreditável senadores avançarem com o projeto', afirmou a presidente do PT. 'Seguiremos firmes! Viva a comunidade indígena'

Gleisi Hoffmann e o Senado (Foto: Agência Câmara | Agência Senado)

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), criticou nesta quarta-feira (27) a decisão de senadores, que aprovaram o Marco Temporal (PL 2.903/2023) para demarcação de terras indígenas no Brasil. De acordo com a proposta, povos originários só têm direito a ocupar terras tradicionalmente ocupadas por eles no dia da promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988. Na semana passada, o STF barrou, por 9 votos a 2, a aplicação da proposta. >>> Três milhões de inscritos no Bolsa Família deixaram a pobreza em 2023, diz pesquisa

"Inacreditável o Senado avançando com projeto de lei do marco temporal, totalmente inútil e perda de tempo. STF já decidiu por derrubar a tese na demarcação de terras indígenas. Se aprovado pelo Congresso, marco temporal vai cair de novo no STF. Seguiremos firmes! Viva a comunidade indígena", escreveu a parlamentar no Twitter. 

Depois de barrar o projeto, ministros do Supremo também decidiram que, dependendo do proprietário da terra, ele pode receber indenizações, em um processo separado à demarcação. Indígenas temiam ver a indenização como etapa prévia e, por consequência, dificultar a demarcação.- 247.

Nas redes sociais, internautas criticaram a proposta do Marco Temporal e destacaram que o projeto é inconstitucional. >>> Entenda o que pode acontecer após aprovação do marco temporal no Senado

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PF vai ouvir ex-comandante da Marinha que teria apoiado plano golpista

 Segundo Mauro Cid, o almirante Almir Garnier teria afirmado a Jair Bolsonaro que as tropas da Marinha estariam prontas para responder à convocação de um golpe

Almir Garnier e Polícia Federal (Foto: Agência Brasil )

A Polícia Federal vai convocar o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, para prestar depoimento sobre as acusação de que ele apoiou um plano de golpe de estado proposto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A revelação foi feita pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajuante de ordens de Bolsonaro, em delação à PF. Segundo Cid, o Almirante Almir Garnier teria supostamente assegurado ao ex-presidente que suas tropas estariam preparadas para responder à convocação de Bolsonaro, também será ouvido no contexto desta investigação.

Cid relatou que teve uma reunião com a alta cúpula das Forças Armadas e os ministros mais próximos de Bolsonaro. No entanto, de acordo com suas declarações, essa reunião não resultou em uma proposta concreta de golpe de Estado, uma vez que a ideia de intervenção militar não obteve apoio unânime.

Além de Almir Garnier, o ex-assessor especial de Bolsonaro Filipe Martins também será convocado a depor à PF. Martins teria apresentado uma minuta de projeto em uma reunião, que, de acordo com as afirmações de Cid, teria aberto espaço para discutir um possível golpe de Estado no Brasil. (*Com informações do Metrópoles) 247.


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Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

  Acordos abrangem mais de 15 áreas estratégicas, como agronegócio, tecnologia, saúde, educação, infraestrutura e energia Presidente da Repú...