Fundações de partidos de centro-esquerda lançam, nesta terça (3), na Câmara dos Deputados, em Brasília, um manifesto por uma Frente para o Parlamento, visando à reconstrução e o desenvolvimento do Brasil
Por: Marcelo Montanini
Gleisi reiterou, ontem, que prioridade da executiva nacional petista é fechar aliança com o PSBFoto: Alessandro Dantas/Senado
A 45 dias do início da campanha eleitoral, a presidente
nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, reiterou, nesta segunda-feira (2), em reunião do Grupo de
Tática Eleitoral (GTE) por videoconferência, a prioridade de uma aliança nacional com o PSB e explicou que as articulações entram
numa etapa crucial. A petista vai se reunir, essa semana, com o presidente
nacional do PSB, Carlos Siqueira, em Brasília, e desembarca, na próxima semana - ainda sem
data marcada -, em Pernambuco, para,
entre outras coisas, conversar com o governador Paulo Câmara, vice-presidente nacional do PSB.
As
reuniões com Siqueira e, posteriormente, com Câmara serão
determinantes para a aliança, visto que o tempo - no cálculo dos
dois partidos - está passando e as indefinições atrapalhando
outras costuras, como têm reclamado, nos bastidores, petistas e
socialistas. O governador pernambucano, todavia, tem feito gestos
significativos para o PT, mas o PSB nacional segue atualmente inclinado para uma
aliança com o presidenciável Ciro Gomes (PDT). Os
socialistas devem oficializar qual rumo seguir na corrida eleitoral entre a
segunda e terceira semana de julho.
Na
reunião petista, a dirigente reforçou as prioridades do partido, a situação
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o calendário
eleitoral e o de mobilizações. No Estado, deve ser organizado um ato de
filiação e de lançamento estadual da pré-candidatura do ex-presidente Lula, do
qual Gleisi deve participar. Além disso, ela também se reúne com o governador
da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), no
esforço para amarrar as alianças em estados estratégicos.
Impasses
Pernambuco e Paraíba são estados que
possuem interesses e
impasses entre as legendas, porém não são os únicos. Os dois
partidos tentam se resolver também em outros estados, como Amapá, Tocantins,
Minas Gerais e Bahia. Este último gerou atrito na última semana após a senadora
Lídice da Mata (PSB) ser excluída da chapa majoritária do governador Rui Costa
(PT), em detrimento de presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Angelo
Coronel (PSD). No Estado, a vereadora do Recife, Marília
Arraes (PT), segue como pré-candidata
ao governo estadual, em oposição a Paulo Câmara.
Contudo,
Gleisi teria deixado claro que a aliança nacional só não seria
selada se o PSB não quiser, porém, para isso, o partido teria de anunciar o
apoio à pré-candidatura do ex-presidente Lula, preso. A vaga de vice para o PSB
já havia sido colocada na mesa, mas essa não é uma opção que atraia os
socialistas, vide a incógnita que é postulação do líder petista. Afinal, as alternativas
a Lula - o ex-prefeito de São Paulo, Fernando
Haddad (PT), ou o ex-governador da Bahia, Jaques
Wagner (PT) - não possuem o mesmo apelo. O ex-prefeito de
Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), também seria o nome preferencial para a
chapa.
Fundações
As
Fundações de partidos de centro-esquerda lançam, nesta terça (3), na Câmara dos
Deputados, em Brasília, um manifesto por uma
Frente para o Parlamento, visando à reconstrução e o desenvolvimento do Brasil. O
evento deverá reunir, além dos presidentes das fundações, parlamentares,
dirigentes partidários, lideranças políticas e de movimentos sociais. As
entidades signatárias são a Fundação Lauro Campos (PSOL), a Fundação Leonel
Brizola-Alberto Pasqualini (PDT), a Fundação João Mangabeira (PSB), a Fundação
Perseu Abramo (PT) e a Fundação Maurício Grabois (PCdoB). Na ocasião, Gleisi e
Siqueira estarão juntos.(Folha-pe).
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