quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Bolsonaro diz que foi obrigado a barrar distribuição de absorventes e oposição promete derrubar o veto

 

Jair Bolsonaro (Foto: ABr | Freepik)

Jair Bolsonaro falou, nesta quinta-feira, 7, sobre a distribuição gratuita de absorventes higiênicos para estudantes, mulheres em situação de vulnerabilidade e presidiárias, projeto de lei da deputada Marília Arraes (PT) que ele vetou. O projeto beneficiaria 5,6 milhões de brasileiras.

Segundo ele, “é irresponsabilidade apresentar um projeto sem apontar a fonte de custeio. Isso é feito proposital, para desgastar. Por que o PT não fez isso quando estava no poder?”

“Quando qualquer projeto cria despesa, o parlamentar sabe que tem que apresentar a fonte de custeio. Se eu sanciono, é crime de responsabilidade. Eu não tenho alternativa, sou obrigado a vetar”, disse.

Mais cedo, Marília Arraes se manifestou nas redes sociais contestando o argumento de Bolsonaro sobre a fonte de custeio. "Fizemos vários estudos de impacto orçamentário financeiro, de onde sairia o recurso. Apontamos no substitutivo com a relatora Jaqueline Cassol (PP-RO), de onde viria o dinheiro, tudo acordado com as lideranças inclusive do governo", explicou em vídeo (assista abaixo).

O PL havia sido aprovado no Congresso, mas foi vetado nesta quinta, conforme anunciou o Diário Oficial da União. No DOU, Bolsonaro argumentou que o projeto contraria o interesse público, “uma vez que não há compatibilidade com a autonomia das redes e estabelecimentos de ensino. Ademais, não indica a fonte de custeio ou medida compensatória”.

Oposição quer derrubar veto

A coordenadora da bancada feminina da Câmara, a deputada Celina Leão (PP), falou contra o veto e disse que o Congresso precisa derrubar a decisão, informa reportagem do Uol. Segundo ela, o argumento do governo de que não haveria recursos para o projeto não é verdadeiro.

"Se R$ 84 milhões é muito dinheiro para dar a mínima condição para meninas e mulheres, então o governo tem que repensar a forma de tratar as meninas e mulheres deste Brasil. Nós definimos os valores no Orçamento. Se pode comprar papel higiênico para as escolas, por que não pode comprar absorvente?", questionou.

Diante do veto, a bancada do PSOL na Câmara dos Deputados apresentou uma denúncia à Organização das Nações Unidas (ONU) contra Bolsonaro. A carta classificou os vetos de “desumanos” e “ultrajantes”.

“Os vetos de Bolsonaro são desumanos. A falta de absorventes higiênicos leva garotas a perder aulas e a alternativas precárias e insalubres, que incluem o uso de papelão, sacolas plásticas e até pedaços de pão”, disse a carta assinada pela líder do PSOL na Casa, Talíria Petrone, com apoio do partido e de outras deputadas. “Até para os padrões mais baixos, é ultrajante”, seguiu o texto, que acusou Bolsonaro de violar compromissos internacionais e desmantelar políticas públicas para mulheres no Brasil. (247).



BLOG DO BILL NOTICIAS

Maioria dos americanos desaprova gestão de Trump na economia, diz pesquisa

  Pesquisa da CBS News mostra queda de quatro pontos nos índices de apoio às políticas econômicas do ex-presidente Presidente dos EUA, Donal...