"Na que talvez tenha sido a maior
paralisação nacional desde os anos 1980, se não me falha de novo a lembrança, a
base da sociedade mostrou que começa a reagir. Agora, precisamos preservar a
democracia para que, mesmo de maneira lenta e paulatina, seja possível
construir uma representação majoritária capaz de reverter a batalha histórica
perdida nesta semana", diz o cientista político André Singer, referindo-se
à greve geral e à votação na Câmara que enterrou a CLT, mas ainda pode ser
revertida.
"Ao assistir, quarta (26),
à votação da reforma antitrabalhista, ocorreu-me frase atribuída ao bilionário
Warren Buffett. Em tradução livre, a sentença do investidor seria a seguinte:
'Existe, sim, guerra de classe, mas é a minha classe, a classe dos ricos, que
está fazendo guerra, e estamos ganhando'", diz o colunista André Singer,
em sua coluna deste sábado.
"No final de contas,
contudo, 296 representantes do povo votaram a favor do emprego sem horário fixo
e para que não haja obrigatoriedade de pagamento pelo piso da categoria ou pelo
salário mínimo na remuneração por produção, entre muitos outros retrocessos. Da
outra parte, 177 se manifestaram contra as propostas patronais. Ficara claro de
que lado estava, naquela noite, a maioria da Câmara", diz ele.
A greve geral, no entanto,
representa uma esperança de virada. "A
resposta veio na sexta (28). Na que talvez tenha sido a maior paralisação
nacional desde os anos 1980, se não me falha de novo a lembrança, a base da
sociedade mostrou que começa a reagir. Agora, precisamos preservar a democracia
para que, mesmo de maneira lenta e paulatina, seja possível construir uma
representação majoritária capaz de reverter a batalha histórica perdida nesta
semana." (247).
Blog do BILL
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