O deputado Celso Maldaner (MDB-SC) afirmou que a aprovação da PEC dos Precatórios pela Câmara dos Deputados foi possível somente após a liberação de emendas a quem votasse a favor da proposta. Segundo ele, o valor discutido entre vice-líderes do governo foi de R$ 15 milhões por parlamentar.
Maldaner, que votou contra a proposta, não revelou quais vice-líderes do governo estariam envolvidos
O único integrante do MDB entre os vice-líderes do governo é o deputado Lúcio Mosquini (MDB-RO). Ele negou ter tratado sobre liberação de emendas. "Zero vezes zero vezes zero. Eu garanto para você que você não acha um ofício meu (indicando recursos)”, disse o parlamentar, que apoiou a PEC.
Segundo Maldaner, a prevalência das emendas parlamentares inviabiliza a oposição na Câmara. "Na prática, o deputado que acerta com o líder leva benefício para atender a sua região. Com as emendas de relator hoje em dia, se o deputado vai no ministério, eles dizem que não têm dotação orçamentária para atender. O ministro hoje não está tendo nada, manda falar com o presidente da Câmara, do Senado, porque a Comissão Mista do Orçamento é quem tem o recurso. Quem distribui (as emendas) é por aqui, na Câmara. Infelizmente, essa é a realidade. Aí, se você é oposição, vai fazer o quê? Não leva nada. Vota contra", disse. (Com informações do Estadão).