Ao todo, 5.033 policiais foram afastados
de suas funções na pandemia
Por: Folhapress
Policiais militaresFoto: Arthur Mota
Desde o começo da crise do novo coronavírus no Brasil, 4.938 policiais deixaram de trabalhar por suspeita de contaminação pela Covid-19, segundo dados das secretarias estaduais de Segurança Pública, reunidas pelo colégio da categoria.
"Temos dois movimentos contraditórios. Por um lado, a liberação dos presos. Aproximadamente 30 mil foram liberados por decisões judiciais. Por outro, a redução da capacidade operacional das polícias, que atuam na linha de frente contra o coronavírus. É uma combinação perigosa", diz Cristiano Barbosa Sampaio, secretário da Segurança Pública do Tocantins e presidente do Colégio Nacional dos Secretários de Segurança Pública.
Ao todo, 5.033 policiais foram afastados de suas funções na pandemia. Os 95 restantes são agentes que não têm suspeita de contaminação, mas que tiveram exposição a alguém adoentado, entre outros motivos relacionados.
Desde o começo da crise do novo coronavírus no Brasil, 4.938 policiais deixaram de trabalhar por suspeita de contaminação pela Covid-19, segundo dados das secretarias estaduais de Segurança Pública, reunidas pelo colégio da categoria.
"Temos dois movimentos contraditórios. Por um lado, a liberação dos presos. Aproximadamente 30 mil foram liberados por decisões judiciais. Por outro, a redução da capacidade operacional das polícias, que atuam na linha de frente contra o coronavírus. É uma combinação perigosa", diz Cristiano Barbosa Sampaio, secretário da Segurança Pública do Tocantins e presidente do Colégio Nacional dos Secretários de Segurança Pública.
Ao todo, 5.033 policiais foram afastados de suas funções na pandemia. Os 95 restantes são agentes que não têm suspeita de contaminação, mas que tiveram exposição a alguém adoentado, entre outros motivos relacionados.
Os secretários enviaram nesta quarta-feira (22) um ofício ao ministro Dias Toffoli, presidente do Conselho Nacional de Justiça, pedindo que seja reconsiderada a recomendação do órgão de revisão das prisões provisórias em todo o país.
"Os índices de criminalidade estão começando a refletir os efeitos dessa recomendação, com aumento de furtos e outras infrações. São os efeitos danosos dessa recomendação, que gostaríamos que fosse repensada", completa Barbosa. Segundo Rodney Rocha Miranda, secretário de Segurança Pública de Goiás, os secretários foram unânimes no apoio à carta.
"Os presos podem ser liberados, sair, ficarem contaminados, cometerem novas infrações e serem presos de novo, levando o coronavírus para dentro dos presídios. Os presos não estão mais seguros fora dos presídios. Eles não vão seguir todas as recomendações de segurança, manter distanciamento, passar álcool em gel. Nos presídios eles correm menos riscos", diz Miranda.
Os secretários tiveram reunião com o ministro da Justiça, Sergio Moro, nesta quinta-feira (23). Eles pedem ajuda do governo federal na compra de equipamentos de proteção individual para os policiais. O ministro anunciou o investimento de R$ 70 milhões nesse material.
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