quarta-feira, 7 de novembro de 2018

BOLSONARO FALA SOBRE DESEMPREGO SEM SABER, DIZEM SERVIDORES DO IBGE


247 - Os servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reagiram com surpresa e indignação às declarações feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) que chamou de "farsa" os dados sobre desemprego divulgados mensalmente pela instituição. Para os funcionários, Bolsonaro demonstrou total desconhecimento sore o conceito de emprego e também da metodologia utilizada nas pesquisas, que segue padrões internacionais.
Por meio de nota, a ASSIBGE, associação que representa os servidores do instituto, ressalta que "o IBGE segue padrões metodológicos internacionais em suas pesquisas, com a finalidade de que as estatísticas brasileiras sejam comparáveis às dos demais países do mundo". A nota diz, ainda, que "o IBGE é reconhecido nacional e internacionalmente pela qualidade do seu quadro técnico e pela credibilidade das suas informações" e ressalta que "dentre os princípios que regem seu funcionamento estão a independência política e a autonomia técnica na definição de suas metodologias".
No texto a ASSIBGE também alerta que "a intervenção política em órgãos oficiais de estatísticas já se mostrou desastrosa para a credibilidade de instituições de pesquisa, como ocorreu recentemente na Argentina" e que "nossa missão é 'retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento de sua realidade e ao exercício da cidadania. Continuaremos a fazê-lo com a dedicação de sempre, mesmo que isso não agrade aos governantes. Os políticos passam, a credibilidade do IBGE fica!".
A reação dos servidores veio após Bolsonaro afirmar, em uma entrevista à Band, veiculada na última segunda-feira (5) que pretende promover mudanças no sistema de cálculo empregado para medir o nível de desemprego. "Vou querer que a metodologia para dar o número de desempregados seja alterada no Brasil. O que está aí é uma farsa", disse Bolsonaro ao ser questionado sobre o alto número de desempregados no país.
"Quem recebe Bolsa Família é tido como empregado, quem não procura emprego há mais de um ano é tido como empregado, quem recebe seguro-desemprego é tido como empregado. Temos que ter uma taxa não de desempregados, e sim de empregados. Não tem dificuldade para ter isso aí e mostrar a realidade para o Brasil", completou na ocasião.


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