quarta-feira, 7 de novembro de 2018

O Diario de Pernambuco faz 193 anos


   Por:Diario de Pernambuco
O Diario de Pernambuco faz 193 anos (Reprodução/Facebook)
Para vocês terem uma ideia, o Recife ainda não era a capital de Pernambuco e o Diario de Pernambuco já estava circulando. O Recife ganhou esta condição em 1827; o primeiro número do Diario saiu em 7 de novembro de 1825, uma segunda-feira. Hoje faz 193 anos da sua edição inicial - não há nenhum outro jornal na América Latina que detenha esta marca. 

Manter-se em atividade durante praticamente dois séculos, ininterruptamente, não é uma façanha apenas para o setor da comunicação - é para qualquer outro ramo do empreendimento humano. Vejamos: qual a empresa mais antiga do Brasil, em atividade? É a Casa da Moeda. Foi criada em 1694. E qual a segunda mais antiga do Brasil? O Diario de Pernambuco.  Faça-se a ressalva que a Casa da Moeda é uma estatal. O jornal, uma empresa privada. Encontra-se em Pernambuco, no Nordeste, a empresa privada mais antiga do Brasil, em atividade. 

O fato, por si só, é motivo de orgulho e inspiração para todos nós que, diariamente, fazemos o Diario procurando corresponder à relevância que ele construiu ao longo do tempo. Não há nenhum exagero em considerar este jornal um patrimônio do estado, da região, do Brasil. Gilberto Freyre o considerava um “historiador do Brasil”. Inúmeros pesquisadores se valeram e ainda se valem do seu acervo para escavar o passado, tentando entender ou reconstituir os dias que ficaram para trás. Há obras clássicas da historiografia nacional que não existiriam se não fosse a cobertura diária do Diario ao longo do tempo. 

“A base de nossos governos sendo a opinião do povo, o primeiro objetivo deve ser mantê-la exata; fosse deixado a mim decidir se deveriam ter um governo sem jornais ou jornais sem um governo, não hesitaria um momento em preferir este último”, dizia Thomas Jefferson. Entre a frase de Jefferson e os dias de hoje, 230 anos nos separam. Mas tem ela alentadora atualidade, pela importância que dá à exatidão das informações e a liberdade de dizê-las. 

Nos dias de hoje, em que as chamadas fake news afetam o mundo, disseminadas muitas vezes de forma criminosa, a existência de um jornal ergue-se como uma barreira não em favor deste ou daquele governo, desta ou daquela corrente ideológica ou política - mas em favor de um bem que interessa a todos: a verdade, que não é nem nunca foi propriedade exclusiva de forças ou grupos. 

Jornais não estão imunes a erros, inclusive de avaliação e julgamento. Mas os jornais - aqui entendidos como sinônimos de imprensa - tentam, todos os dias, todas as horas, seja no impresso seja no online, evitar que a mentira ocupe o lugar da verdade. É isso que o Diario vem buscando fazer nos últimos dois séculos. DP



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