Ministro Ricardo Barros disse que meta da campanha de vacinação contra a gripe é alcançar mais de 90% da população de risco
O Ministério da
Saúde lançou hoje (13), em Brasília, a Campanha Nacional de Vacinação contra a
Gripe. A mobilização começará um pouco mais cedo em relação ao ano passado,
tendo início na próxima segunda-feira (17) e se estendendo até o dia 26 de
maio.
No período, o Ministério da Saúde estima que 54,2 milhões de
pessoas serão vacinadas em todo o país. Uma das metas é atingir 90% da
população considerada de risco para complicações por gripe. Este ano, os
professores das redes pública e privada foram incluídos entre os alvos
prioritários da campanha.
A partir de segunda, os professores poderão se dirigir aos
postos de saúde com o documento de identificação, mas nos dias 2 e 3 de maio a
vacinação dos docentes ocorrerá nas escolas. A estimativa do Ministério da
Educação é de que 2,3 milhões professores devem ser vacinados.
“Os professores sempre solicitaram inclusão no grupo
preferencial, pelo fato de terem contatos com dezenas de alunos diariamente e
estarem mais expostos à contaminação”, explicou o ministro da Saúde, Ricardo
Barros.
Idosos, trabalhadores de saúde, crianças de seis meses até 5
anos, gestantes, mulheres no período pós-parto, indígenas, população privada de
liberdade, inclusive os adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, e
pessoas com doenças crônicas continuam como público-alvo da vacinação.
O principal objetivo da campanha é reduzir as hospitalizações e
a ocorrência de mortes relacionadas à influenza. Segundo o Ministério da Saúde,
estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de
internações por pneumonia e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da
gripe.
Desde 2009, quando teve início a epidemia de gripe, a maior
incidência foi no ano passado. O Ministério da Saúde lembrou que, em 2016,
houve uma antecipação da ocorrência de infecções, a partir de janeiro, e mais
de 2.200 pessoas morreram por problemas relacionadas à gripe.
A coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunizações Carla Magda Domingues afirmou que um dos objetivos da campanha é reduzir a ocorrência de mortes relacionadas à gripe
Mortes têm
queda
O primeiro trimestre deste ano registrou número bem menor de
casos com 48 casos de óbitos, mas o ministério alerta para a chegada da estação
fria e seca e orienta que as pessoas busquem se imunizar o quanto antes para
garantir a proteção efetiva.
“Por mais que estejamos numa sazonalidade tranquila, com a
ocorrência de poucos casos, é importante que a população não deixe para vacinar
no fim da campanha, reduzindo as chances de ficar protegida”, disse Carla
Domingues, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da
Saúde.
A vacina protege contra os três principais tipos de vírus que
circularam em 2016 nos países do hemisfério sul. A duração da vacina é de um
ano. O ministério ressalta que as reações adversas são leves e que a única
contraindicação é para pessoas alérgicas a ovo.
O Dia D de mobilização nacional será no dia 13 de maio, quando
84% das doses já estarão disponíveis na rede pública de saúde. Ao todo, os 65
mil postos de saúde do país receberão 60 milhões de doses, número 11% maior que
o distribuído em 2016.
Cuidados podem evitar transmissão do vírus
Além de buscar a imunização, o Ministério da Saúde recomenda à
população que adote cuidados simples para evitar a transmissão do vírus. As
principais orientações são: lavar as mãos várias vezes ao dia, cobrir o nariz e
a boca ao tossir e espirrar, evitar tocar o rosto, não compartilhar objetos de
uso pessoal, manter os ambientes bem ventilados e evitar a permanência em
locais com aglomeração. (EBC).
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