Acusado
de presidir uma reunião em que se acertou uma propina de R$ 126 milhões para o
PMDB (leia aqui), Michel Temer fará
uma reunião no domingo de Páscoa para tentar acelerar a reforma da Previdência,
que, segundo pesquisa CUT/Vox Populi, é rejeitada por 93% dos brasileiros.
Com
isso, Temer tenta agradar as forças econômicas que ainda o apoiam e que foram
responsáveis pelo golpe de 2016.
Abaixo,
reportagem da Agência Brasil:
Marcelo
Brandão - Repórter da Agência Brasil
O domingo de Páscoa será de
movimentado no Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência da
República. Na noite do domingo (16), o presidente Michel Temer vai reunir
líderes da base aliada na Câmara, o relator da reforma da Previdência, Arthur Maia
(PPS-BA), o presidente da comissão criada para debater o tema, Carlos Marun
(PMDB-MS), e o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em um jantar. A
expectativa é que os ministros Antonio Imbassahy, da Secretaria de Governo, e
Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência, também participem do
encontro.
A
pauta será, como tem sido ao longo das últimas semanas, a reforma da
Previdência. O governo acredita que a flexibilização de cinco pontos da
proposta ajudou a conseguir mais votos favoráveis. Assessores próximos da
cúpula do Palácio do Planalto afirmam que o governo espera reverter o quadro em
favor do relatório de Arthur Maia.
A reforma da Previdência é
considerada por Temer e sua equipe como medida essencial para a recuperação da
economia do país. Por isso, nem a lista de inquéritos da Lava Jato no Supremo
Tribunal Federal (STF), que colocou sob investigação dezenas de parlamentares e
oito ministros no âmbito da Operação Lava Jato, diminuirá o ritmo das reuniões
e negociações em prol da aprovação da reforma.
Cenário
pós-delações
A lista de políticos envolvidos
nas investigações da Lava Jato foi tema de conversas no Palácio do Planalto e
deverá ser também uma das pautas do jantar de domingo. No entanto, circula na
cúpula do governo e também entre os líderes da base aliada na Câmara, a
impressão de que o recente episódio pode até acelerar a aprovação da reforma da
Previdência.
O entendimento é que com a reforma
aprovada e o cenário econômico próspero, será mais fácil para os parlamentares
lidarem com os efeitos da denúncias de corrupção. A entrega do relatório,
segundo Arthur Maia, deverá ocorrer na próxima terça-feira (18), o que torna os
próximos dias decisivos para o governo Temer e um teste importante da
fidelidade dos parlamentares da base aliada.(247).
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