LITORAL SUL
Prefeitura de Ipojuca e moradores recolheram grande parte do lixo
Lixo na praia de Maracaípe, em Ipojuca, no Litoral Sul -
Foto: Reprodução/Whatsapp
Outra hipótese passou a ser discutida após uma informação de mergulhadores chegar até a equipe de análise, afirmando que o lixo pode ter vindo de uma dragagem, realizada regularmente pelo Porto do Recife. Acrescentaram que a draga pode ter remobilizado o lixo que estava enterrado no fundo do mar após a retirada de sedimento do fundo e, ao lançar o despejo a cerca de cinco milhas da costa, pode ter sido alcançado o oceano.
A prefeitura informou também que busca a origem do lixo e trabalha com as mesmas hipóteses dos pesquisadores, já tendo realizado contato com outros municípios da região e com o Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).
Para Mirella Costa, doutora em Oceanografia e pesquisadora do Programa Ecológico de Longa Duração Tamandaré Sustentável (Peld Tams), do CNPq e UFPE, o lixo na praia pode causar impactos ambientais e econômicos.
"Os impactos ambientais são observados na vida marinha, que pode ingerir ou se ferir pelo contato com esse lixo. Muito animais acabam se prendendo em plásticos. Já os impactos econômicos são diretos para a população que vive do turismo e da pesca. Além de afastar os turistas, pode causar repercussões negativas para o local e diminuir a balneabilidade de praia", disse.
Ainda para a pesquisadora, o lixo também pode causar ferimentos em banhistas e levar à morte espécies marinhas como peixes, tartarugas e golfinhos.