quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Pernambuco abre 20 leitos e projeta mais 200 nos próximos dias para tratar da Influenza H3N2

                           INFLUENZA H3N2

                       Por William Tavares

André Longo, secretário estadual de Saúde - Foto: Rafael Furtado/ Folha de Pernambuco


Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta (30), na sede da secretaria estadual de Saúde, o secretário da pasta do governo de Pernambuco, André Longo, anunciou a criação de 20 novos leitos para tratar pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), gerada pela epidemia da influenza H3N2. A ideia é, nos próximos dias, abrir mais 200 vagas nos hospitais, sendo 128 de Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

"Tivemos mais de 2,4 mil casos de influenza nas últimas duas semanas e 98% delas foram da H3N2Esse aumento não foi provocado pela Covid-19, mas sim provavelmente pela variante Darwin da H3N2. Por isso, estamos retomando os esforços para a conversão de leitos. Criamos 193 vagas nesta semana e agora colocaremos mais 10 no Hospital Otávio de Freitas e 10 no Hospital dos Guararapes", afirmou o secretário.

Longo também afirmou que o governo do Estado reforçará o trabalho das equipes do Atende em casa para diminuir a pressão dos atendimentos presenciais. Além disso, um novo ponto de testagem para a influenza foi aberto na praça Oswaldo Cruz, no bairro da Boa Vista, no Recife. 

"Não vamos conseguir vencer essa batalha sozinhos. Especialmente neste período de festas, precisamos evitar aglomeração para diminuir a circulação viral. Se sentir qualquer sintoma, é necessário procurar isolamento, usando máscara mesmo em casa para não transmitir para outras pessoas. É fundamental atenção especial com idosos e crianças, além dos que possuem comorbidades ", frisou.

Atualmente, Pernambuco conta com 1.496 leitos para pacientes com Srag, sendo 741 de UTI, tendo a maior rede pública entre os estados do Norte-Nordeste e Centro-Oeste. Dos 2466 casos registrados de influenza em Pernambuco, 2449 foram da H3N2, provocando 11 óbitos. Seis deles foram na capital pernambucana. 

"Mesmo com taxa de letalidade menor, a ifuenza se transmite com mais velocidade. Vale dizer que ainda não detectamos a variante Ômicron no estado, mas amanhã deve sair um sequenciamento genético que identificará se ela já circula em Pernambuco", informou Longo.

No momento, não serão criados hospitais de campanha. Sobre a realização do Carnaval, o secretário indicou que vai esperar os números da próxima quinzena de janeiro para analisar se a festa será ou não liberada.

Mortes
Em relação às 11 mortes, a secretaria de saúde detalhou que foram 5 homens e 6 mulhes. Os pacientes eram residentes do Recife (6), Ipojuca (1), Olinda (1), Goiana (1), Tracunhaém (1) e São Lourenço da Mata (1). As idades dos pacientes variam entre 1 e 92 anos. As faixas etárias são: 1 a 9 (1), 20 a 29 (1), 30 a 39 (1), 40 a 49 (1), 60 a 69 (5) e 80 e mais (2).

Todos os pacientes apresentavam comorbidades e possuíam fatores de risco para complicação por influenza como diabetes, doença cardiovascular, doença renal crônica, cardiovasculopatias, hipertensão arterial e sobrepeso.


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