As tarifas residenciais de energia deverão ter um aumento médio de 14,5% em 2021, de acordo com projeção da TR Soluções, empresa de tecnologia aplicada ao setor elétrico. A previsão foi feita por meio do Serviço para Estimativa de Tarifas de Energia (SETE), que leva em conta os dados de todas as 53 distribuidoras do país, além de sete permissionárias. A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) foi a entidade que pediu o estudo.
Os consumidores da Light terão aumento abaixo dos 10%. Para os clientes da Enel, não deverá ultrapassar os 5%. Os números foram publicados pelo jornal Extra.
Na região Sudeste, o aumento médio deve ser de 13,1%. O Centro-Oeste deve ter alta de 21,2%; o Sul, de 12,2%; o Nordeste, 17,6%, e 19,4%.
O reajuste anual das distribuidoras é reflexo da chamada conta Covid. São os custos de empréstimos da ordem de R$ 15,3 bilhões feitos pelas distribuidoras em 2020 para pagar a energia contratada junto às geradoras.
Para socorrer as distribuidoras e diminuir o aumento da conta de luz, o governo federal criou a conta Covid.
"A medida permite que o aumento da tarifa que ficaria concentrado em dois anos seja diluído por cinco. Foi a forma encontrada para que os consumidores não sintam tanto o impacto", disse o presidente da Associação dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), Paulo Pedrosa.