Via:Santanavinicius

Impulsionar a economia de Pernambuco e gerar mais emprego e
renda. Foi com esse objetivo que o governador Paulo Câmara firmou convênio com
entidades sem fins lucrativos, nesta quarta-feira (29), para injetar R$ 4,7
milhões em arranjos produtivos locais. Os recursos provêm do Programa Força
Local, que visa melhorar e ampliar os ganhos da cultura econômica de pequenos
produtores das diversas regiões do Estado. Nesse novo bloco de projetos da
segunda convocação foram contempladas 21 propostas, beneficiando 1,4 mil
pessoas de cerca de dez cadeias produtivas.
“O momento
na economia é de dificuldades e exige dos Estados e municípios formas de
cooperação que possam dar condições para as pessoas empreenderem, atuarem
naquilo que tem vocação. Mas Pernambuco tem crescido o dobro do Brasil, então
isso nos mostra que estamos no caminho certo. E esses arranjos produtivos
chegam a quem mais precisa, ou seja, à Zona Rural, movimentando economicamente
nosso Estado, gerando emprego, renda e sustentando as famílias dos pequenos
produtores”, afirmou Paulo Câmara.
O governador
lembrou que essa é uma política que se soma a outras também já implementadas,
como o Crédito Popular, dando condições às pessoas de empreenderem. “Esse é o
nosso intuito: avançar e chegar junto, dando condições às pessoas de
trabalharem e terem seu próprio sustento”, acrescentou, frisando que o
lançamento do edital para o terceiro chamamento do programa está previsto para
o próximo dia 27 de fevereiro.
Entre as
cadeias produtivas contempladas nessa segunda etapa do Força Local estão a
fruticultura, caprinovinocultura, ovinocultura, pesca artesanal e piscicultura,
apicultura, confecção, além da produção de café e de alimentos com a utilização
de derivados de mandioca. As 21 propostas escolhidas para serem beneficiadas
com o programa receberão R$ 2,7 milhões em investimentos bancados pela AD
Diper, que realiza o chamamento público do programa, e outros R$ 2 milhões
serão desembolsados por instituições parceiras. Até 2022, serão R$ 20 milhões
aplicados por meio do programa.
O secretário
de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, afirmou que 2019 foi um ano
bastante produtivo para Pernambuco, e que a expectativa é de que este ano seja
ainda melhor. “Queremos gerar emprego e renda para todos os pernambucanos. E
temos que ter um olhar para o pequeno produtor, para as cooperativas, entender
as necessidades. Esse é o objetivo do Força Local: dar apoio a esses arranjos
produtivos em várias localidades”, frisou o secretário.
O presidente
da AD Diper, Roberto Abreu e Lima, afirmou que o Força Local também dá suporte
às associações que não foram contempladas pelo programa. “Muitas associações
ainda não têm estrutura suficiente. Então, oferecemos consultoria para algumas
que acabaram sendo contempladas nesse segundo chamamento, pois melhoraram o
projeto”, esclareceu Abreu e Lima, acrescentando que no terceiro chamamento
haverá projetos complementares aos do segundo. “Por exemplo: se uma associação
pediu um determinado apoio, verificamos que houve resultado, então ela se credencia
para pedir outro recurso para outra parte do negócio, seja comercialização,
equipamentos, consultoria ou treinamentos”, disse.
A apicultura
foi um dos segmentos beneficiados com o Programa Força Local. Entre os projetos
do segundo chamamento está o de polinização da Mata Atlântica e de fomento à
produção de mel na Zona da Mata do Estado. O presidente da Associação dos
Apicultores e Meliponicultores do Cabo de Santo Agostinho (AAMC), Antônio
Muniz, explicou que o projeto beneficiará os 30 sócios da associação e que o
investimento total está orçado em R$ 111 mil, sendo R$ 100 mil investidos pelo
Estado. “O nosso objetivo é ampliar a produção de mel e de produtos derivados
da abelha, como cera e própolis”, detalhou.
Os recursos,
Antônio contou, serão aplicados em equipamentos e comércio, o que resultará em
um aumento em torno de 30% da produção de mel. “Atualmente, a fabricação está
estimada em 12 toneladas por safra (período de seis meses), mas com esse
investimento passará para 16 toneladas”, explicou. Para ele, o Força Local é de
suma importância, sobretudo, para quem vive da agricultura familiar. “Todos os
nossos apicultores sobrevivem da agricultura familiar, são pessoas que não têm
poder aquisitivo para investir um volume que possa ampliar, de fato, a
produção. Esse projeto vai contribuir muito com o desenvolvimento da apicultura
da Zona da Mata”, comemorou.(Ascom)
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