terça-feira, 8 de outubro de 2019

REELEIÇÃO Câmara dos EUA intima Pentágono a enviar documentos sobre Trump

  Por: AE
Brendan Smialowski/AFP
Brendan Smialowski/AFP


Deputados democratas, que comandam a investigação sobre o impeachment de Donald Trump, intimaram na segunda-feira (7) o Pentágono e a Casa Branca a entregarem documentos relacionados à conversa do americano com o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, no dia 25 de julho. No diálogo, Trump pedia para os ucranianos investigarem Joe Biden, seu maior adversário na corrida pela reeleição. 

Os democratas intimaram o secretário de Defesa, Mark Esper, e o diretor de Orçamento da Casa Branca, Russell Vought, para que entreguem documentos até o dia 15. O objetivo é esclarecer as razões por trás da decisão da Casa Branca de suspender a ajuda militar crucial à Ucrânia, que havia sido autorizada pelo Congresso.

Os presidentes dos três comitês da Câmara que lideram a investigação do impeachment buscam informações sobre pressões de Trump sobre Zelenski. Diplomatas americanos também comparecerão ao Congresso nesta semana para prestar depoimentos a portas fechadas.

Entre os que devem depor estão Gordon Sondland, embaixador dos EUA para a União Europeia, que teria se envolvido nos esforços para convencer a Ucrânia a iniciar as investigações, e Masha Yovanovitch, que foi retirada abruptamente de seu posto de embaixadora americana na Ucrânia em maio, depois que assessores e conselheiros de Trump questionaram sua lealdade ao presidente.

A Casa Branca pretende comunicar formalmente à presidente da Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi, que ignorará as exigências de documentos feitas pelos deputados até que a Câmara de maioria democrata, realize uma votação no plenário para aprovar oficialmente o inquérito de impeachment.

Pelosi diz que uma votação não é necessária, porque não existe nenhuma provisão nas regras da Câmara que exija uma aprovação do plenário sobre o impeachment - embora nas duas últimas vezes, com os ex-presidentes Richard Nixon e Bill Clinton, o impeachment avançou apenas depois de ser aprovado em plenário.

Os democratas, no entanto, garantem que já têm os votos necessários para a aprovação do impeachment. O processo, se aprovado na Câmara por maioria simples de 218 deputados, seguiria para o Senado. Para a destituição de Trump, seria necessário que 20 senadores republicanos mudassem de lado, o que é considerado improvável. 

Até agora, apenas três senadores republicanos criticaram publicamente o presidente: Mitt Romney, um desafeto de longa data de Trump, e dois senadores moderados, Susan Collins e Ben Sasse. Outros nomes do partido preferiram não comentar o caso ou encarar como "brincadeira" o pedido de Trump à Ucrânia para investigar Biden.

No fim de semana, Marco Rubio, senador republicano da Flórida, ofereceu sua versão sobre o pedido de Trump para que a China também investigasse seu maior adversário democrata. "Não foi um pedido de verdade", disse Rubio. "Ele só estava testando a imprensa, sabendo que vocês (jornalistas) ficariam indignados." O mesmo argumento foi repetido pelo senador Roy Blunt. "Duvido que ele (Trump) tenha falado sério", disse o republicano, no domingo, ao programa Face the Nation, da rede CBS.

Os democratas, porém, dizem acreditar que mais republicanos possam abandonar o barco à medida que a investigação avance. Os deputados confirmaram a existência de um segundo delator anônimo que estaria disposto a relatar a pressão de Trump sobre a Ucrânia. 

No domingo, Mark Zaid, advogado do primeiro denunciante anônimo, anunciou que representava também um segundo informante que daria detalhes em primeira mão sobre o caso. Outro advogado do escritório de Zaid, Andrew Bakaj, sugeriu que o número de denunciantes pode aumentar. (Com agências internacionais).




Blog do BILL NOTICIAS

Maioria dos americanos desaprova gestão de Trump na economia, diz pesquisa

  Pesquisa da CBS News mostra queda de quatro pontos nos índices de apoio às políticas econômicas do ex-presidente Presidente dos EUA, Donal...