O rio São Francisco
possui uma biodiversidade de importância inestimável. Somente em relação à
ictiofauna, são mais de 200 espécies de peixes, dentre nativas, exóticas e
endêmicas. No entanto, fatores como a pesca predatória e a poluição ameaçam a
vida e até mesmo a continuidade de muitas dessas espécies, sendo algumas
ameaçadas e até já em extinção.
Com o objetivo de promover a conscientização
ambiental e preservação dos peixes do rio São Francisco, sobretudo das espécies
nativas, o campus Petrolina Zona Rural do IF Sertão-PE inaugurou, nesta sexta-feira (4), dentro
da programação do IV Workshop de Aquicultura e Pesca, a Coleção Ictiológica do
Rio São Francisco.
A coleção é resultado de
trabalho desenvolvido por projeto de Extensão em atividade há três anos,
orientado pelos professores Elizângela Souza, Daniel Amaral e Carla Samantha,
que envolveu desde a criação de banco de dados sobre os peixes, até a aplicação
de técnicas de conservação dos espécimes.
“Inicialmente a coleção
era levada para escolas, associações, para despertar para a necessidade de
preservação do rio. Agora nós vamos receber a comunidade no campus, com o
objetivo de conscientização ambiental e de incentivar pesquisas e estudos com
essas espécies, que ainda são escassos. Nós não conseguimos preservar e
conservar o que a gente não conhece. Tem gente que mora na beira do rio e não
conhece os peixe. Todo mundo acha que a tilápia, por exemplo, é nativa e ela
foi introduzida”, explicou Elizângela.
O acervo reúne cerca de
30 espécies de peixes, entre nativos, como surubim, dourado, cari, caborge,
pirambeba e pirá, que não é mais encontrado no Submédio São Francisco, e
exóticos, como a carpa, tilápia do nilo, tucunaré e tambaqui. Para conservação,
foram utilizadas as técnicas de taxidermia e conservação em potes de vidro. “A
sala vai funcionar como um museu. A ideia de reunir espécies nativas e exóticas
é justamente comentar sobre os impactos causados pelas exóticas, o que elas
trouxeram de diferente para o nosso rio”, afirmou Daniel Amaral.
O estudante de Agropecuária, Rodrigo de Souza, começou como
voluntário e atualmente é o bolsista do projeto. “Para mim está sendo uma
experiência incrível, porque ensina a preservar a natureza e também serve como
instrumento de educação ambiental”.
Qualquer pessoa interessada pode agendar para conhecer a Coleção
Ictiológica, através do e-mail cpzr.comunicacao@ifsertao-pe.edu.br.(Ascom)
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