Se votarem em bloco pela condenação, Lula terá menos chances de recorrer e, consequentemente, sua candidatura fica mais improvável. Se apenas um dos magistrados divergir a favor do petista, aumentam as possibilidades de recursos, dando fôlego à pré-campanha de Lula. Se o ex-presidente for absolvido, o caminho estará aberto para o seu plano de voltar ao Palácio do Planalto, embora a acusação possa recorrer também.
Qualquer que seja o resultado, o PT promete manter a candidatura de Lula até as últimas consequências e levar aos tribunais superiores um longo processo de recursos, repetindo o que já aconteceu até aqui — nos últimos anos, a defesa do petista apresentou uma medida judicial a cada três dias. Para o partido, até mesmo a condenação não impede que Lula mantenha sua campanha como pré-candidato e registre sua candidatura até 15 de agosto. Só cinco dias depois, afirmam, poderá ser pedida a impugnação, com base na Lei da Ficha Limpa, e a decisão poderá ou não vir antes da eleição, prevista para outubro. Mas, se Lula for realmente impedido de concorrer, o PT pode lançar mão de um nome alternativo para a Presidência. Os outros pré-candidatos acompanham de perto e já traçam suas estratégias com e sem o petista na corrida.
Numa última cartada antes do julgamento, a defesa de Lula pediu ontem ao TRF-4 que, caso condenado, ele possa continuar em liberdade enquanto apresenta os recursos aos tribunais superiores: o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF).(C.Geral).
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