Casos aconteceram em Sertânia e Abreu e Lima. As duas mulheres estão em estado grave
Vítima está internada no HR em estado de saúde considerado grave. Foto: Reprodução/ Facebook
Duas mulheres foram queimadas com gasolina pelos respectivos companheiros em um intervalo de 10 dias. O primeiro caso aconteceu no dia 29 de outubro, em Sertânia. Jucileide Silva Barbosa chegou durante a noite ao Hospital da Restauração (HR), no Recife, com a face, membros superiores e tronco queimados. Segundo o chefe da Unidade de Tratamento de Queimados do Hospital da Restauração, Marcos Barreto, a mulher é uma paciente de alto risco, com queimadura profunda de 50% na superfície corporal. “A paciente vem evoluindo bem, mas ainda irá passar por algumas cirurgias reparadoras. É possível que tenha muitas sequelas, principalmente estéticas”, relata. Ainda segundo o médico, Jucileide não tem previsão de alta e corre alto risco de vida.
Após 10 dias da internação de Jucileide, outra mulher chegou ao HR após ser queimada com gasolina também pelo companheiro. Na noite da última terça-feira (8), Mirela dos Santos de Oliveira, de 26 anos, de Abreu e Lima teve a face, pescoço e tronco queimados. Segundo o médico Marcos Barreto, 50% da superfície corporal foi comprometida por queimaduras de terceiro grau. “Foi preciso fazer alguns procedimentos cirúrgicos principalmente porque ela tem um edema brutal na face, queimaduras no tórax, face, dorso, raiz das coxas e nos dois braços”, relata.
Ainda segundo o médico , as ocorrências de mulheres queimadas com gasolina por parceiros se tornou comum. “Atendemos casos assim pelo menos uma vez na semana”, afirma. As queimaduras de Mirela alcançaram as veias. A grande preocupação da equipe médica é relacionada às lesões faciais e inalatórias provocadas. “A paciente inalou as chamas e queimou o nariz. Hoje ela está com uma tosse seca e isso é um componente complicador na condução do processo. Ela está respirando com auxílio de fisioterapia, mas é possível que precise colocá-la na ventilação mecânica devido a lesão pulmonar”, explica. O casos serão investigados pelo Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP).(DP).
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