
Pesquisa CUT-Vox Populi divulgada nesta
sexta-feira, 10, mostra que para 84% dos brasileiros, o Brasil está na direção
errada. Só 3% dos brasileiros avaliam positivamente o desempenho de Temer como
presidente - 76% avaliam negativamente.
As piores avaliações estão no Nordeste (83%),
região que vem sofrendo fortemente com os efeitos da crise, cortes nas
políticas públicas sociais, com a falta de investimentos e de uma política
econômica que favoreça o investimento e a ampliação do crédito à produção e ao
consumo. Temer também tem uma péssima avaliação entre os jovens (76%) e adultos
(77%), que mais sofrem com o desemprego e a falta de oportunidades.
E o reflexo desse cenário é que do universo pesquisado, apenas 2% - índice menor do que a margem de erro da pesquisa que é de 2,2% - acham que a vida melhorou desde que Temer assumiu a presidência. Para 59% a vida está a cada dia pior. Outros 38% disseram que nada mudou e 1% não sabe ou não respondeu.
"A ponte para o futuro de Temer, que
deveria, segundo a apresentação no site do PMDB, preservar a economia
brasileira e tornar viável o desenvolvimento do país, está gerando só aumento
da fome e desemprego, do gás, das contas de luz e da gasolina, além de lucros e
benefícios para os empresários que financiaram o golpe", diz o presidente
da CUT, Vagner Freitas.
O diretor do Instituto
Vox Populi, Marcos Coimbra, concorda com a avaliação do presidente da CUT.
Segundo Coimbra, "a pesquisa mostra que a grande maioria da população não
aprova o governo e rejeita sua agenda".
Ele lembra que, depois do golpe, "não durou nem 30 dias a
esperança de que o governo Temer pudesse trazer alguma melhora para o
País".
"De lá para cá, o que era ruim piorou", concluiu
Coimbra.
A nova rodada da pesquisa CUT-VOX foi realizada em 118
municípios. Foram entrevistados 2000 brasileiros com mais de 16 anos de idade,
residentes em áreas urbanas e rurais, de todos os estados e do Distrito
Federal, em capitais, regiões metropolitanas e no interior, em todos os
segmentos sociais e econômicos.
A margem de erro é de 2,2%, estimada em um intervalo de
confiança de 95%.(247).
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