Por: Diario de Pernambuco
Reprodução/Pixabay
A Agência Nacional de Saúde (ANS) anunciou, nesta quinta-feira (26), um reajuste de 15,5% para os planos de saúde individuais e familiares. O aumento é o maior já registrado em 22 anos. O último reajuste recorde foi feito em 2016, de 13, 57%.
Segundo a Agência, cerca de 8 milhões de clientes serão atingidos pela nova medida, o que representa 16,3% dos usuários de planos no Brasil.
A decisão foi divulgada durante reunião extraordinária, com apenas um voto contrário, da diretora Eliane Medeiros. A decisão será publicada no Diário Oficial da União e o reajuste poderá ser aplicado pela operadora a partir da data de aniversário do contrato, ou seja, no mês da contratação do plano. O índice é válido para o período entre 1 de maio de 2022 e abril de 2023.
A ANS justificou o reajuste a retomada gradativa da utilização de planos pelos beneficiários e o aumento de despesas devido a variação nos preços dos serviços e insumos.
Para chegar ao percentual de 2022, a ANS utilizou a metodologia de cálculo que vem sendo aplicada desde 2019, que combina a variação das despesas assistenciais com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) descontado o subitem Plano de Saúde.
O cálculo é baseado na diferença das despesas assistenciais por beneficiário dos planos de saúde individuais de um ano para o outro. Dessa forma, o índice de 2022 resulta da variação das despesas assistenciais ocorridas em 2021 em comparação com as despesas assistenciais de 2020.
Em 2021, a Agência anunciou, pela primeira vez, um percentual de reajuste negativo (-8,19%), o que resultou na redução das mensalidades no período de maio de 2021 a abril de 2022.
O percentual negativo refletiu a queda de 17% no total de procedimentos (consultas, exames, terapias e cirurgias) realizados em 2020, em relação a 2019, pelo setor de planos de saúde. A redução da utilização dos serviços aconteceu em decorrência das medidas protetivas adotadas para evitar a disseminação da Covid-19.