sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Com recusa de Bolsonaro, presidente eleito Gabriel Boric tenta levar Lula para sua posse no Chile

Presidente chileno já teria desejo de conversar com ex-presidente por acreditar que o mesmo vai ser o vencedor das eleições de 2022 no Brasil

Presidente eleito do Chile, Gabriel Boric, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reuters)

Segundo fontes brasileiras e chilenas citadas pelo jornal O Globo, o recém-eleito presidente do Chile, Gabriel Boric, está fazendo sondagens para convidar o ex-presidente Lula para sua posse.

Entretanto, o petista não deve aceitar já que não considera "prudente" ir a posses presidenciais. Mas o desejo de Boric seria o de já começar a conversar com Lula sobre futuras alianças, confiando que o ex-presidente será reeleito este ano.

Quem também foi chamado para diálogos em Santiago foi o ex-chanceler Celso Amorim, mas não poderá comparecer porque acompanhará o ex-presidente em sua viagem ao México, nos primeiros dias de março.

As divergências entre Boric e Jair Bolsonaro ficaram claras no momento em que o líder chileno foi eleito em meados de dezembro do ano passado. O presidente brasileiro levou mais de 72 horas para parabenizar seu homólogo, e do lado chileno, Boric respondeu às felicitações atrasadas de Bolsonaro com a frase "claramente somos muito diferentes".

O jornal relata que, indiretamente, há uma grande expectativa internacional para que o petista volte ao poder.

No México, além do convite a Lula e da viagem da ex-presidente, Dilma Rousseff, em 2021, à Cidade do México, o governo de Andrés Manuel López Obrador acaba de decidir retirar seu atual embaixador em Brasília, José Piña, e, segundo versões divulgadas pela imprensa mexicana e confirmadas por fontes diplomáticas do país, a escolhida para substituí-lo foi a escritora Laura Esquivel, também conhecida por seu ativismo a favor dos direitos humanos.

Já na Argentina, o presidente Alberto Fernández nunca escondeu sua amizade com Lula, e em dezembro de 2021, organizou um grande evento em homenagem ao ex-presidente na Praça de Maio.

No entanto, há quem prefira que o atual governo Bolsonaro continue, como o da Colômbia e o grupo de oposição a Nicolás Maduro na Venezuela, de acordo com a mídia.

O governo interino de Juan Guaidó continua sendo reconhecido como legítimo pelo governo Bolsonaro, e sua embaixadora, Maria Teresa Belandria, como representante legítima da Venezuela no Brasil. Se Lula retornar ao poder, sabe-se, a relação com a gestão de Maduro seria reatada. Agência Sputnik.


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