Jair Bolsonaro afirmou, neste sábado (22), que conversou com o pai da criança de 10 anos, moradora de Lençóis Paulista (SP), que sofreu uma parada cardíaca 12 horas após receber o imunizante pediátrico da Pfizer contra a Covid-19. Apesar de qualquer relação entre a vacina e a parada ter sido descartada pelas autoridades de saúde, Bolsonaro disse que conversou com o pai da menor e voltou a questionar a imunização de menores.
“Como pai, o que ele falou para a gente é preocupante. Agora, foi em função da vacina ou não foi? De imediato já vi nego que nem tinha ido lá falando que ela tinha outros problemas. Eu conversei com o pai. Conversem com o pai da menina. Vocês têm filhos também. Nós queremos o bem de todos”, disse Bolsonaro, de acordo com o Metrópoles. Ainda segundo ele, o pai da menor é um cabo da Polícia Militar. As declarações foram dadas em Eldorado, interior de São Paulo, onde ele participou do enterro da mãe na sexta-feira (21).
Também na sexta-feira, o Ministério da Saúde divulgou uma nota afirmando que não há qualquer relação entre a aplicação da vacina da Pfizer e a morte da criança. “O parecer conclusivo, já divulgado pelo estado, foi que não existe relação causal entre a vacinação e o quadro clínico apresentado, portanto, o evento adverso pós-vacinação foi descartado. A pasta destaca que a vacinação é segura e foi autorizada pela Anvisa”, destaca um trecho do comunicado.
Segundo uma investigação conduzida pelo governo de São Paulo, uma “análise realizada por mais de 10 especialistas apontou que a criança possuía uma doença congênita rara, desconhecida até então pela família, que desencadeou o quadro clínico”. 247