segunda-feira, 31 de maio de 2021

Nicolelis: Copa América pode ser gota d'água para terceira onda estourar no Brasil

 

Miguel Nicolelis e cemitério em Manaus (AM) em meio à pandemia de coronavírus 
(Foto: Brasil 247 | REUTERS/Bruno Kelly)

A realização da Copa América no Brasil pode ser a "gota d'água" para a terceira onda de casos e mortes por Covid-19 estourar no país.

A avaliação é do médico Miguel Nicolelis, professor de Neurociência da Universidade de Duke, nos Estados Unidos.

Ele defende em entrevista à BBC News Brasil que alguma medida legal seja tomada para impedir a realização da competição aqui e, caso ela venha ocorrer mesmo assim, que a população boicote o evento.

Leia a íntegra na BBC News Brasil e entenda por que a Copa América será realizada no Brasil:

Por Daniela Desantis e Rodrigo Viga Gaier (Reuters) - A Conmebol anunciou nesta segunda-feira que a Copa América deste ano será realizada no Brasil, horas depois de a competição ter sido retirada da Argentina e após semanas de incertezas sobre sua organização.

"A Copa América de 2021 será disputada no Brasil. As datas de início e finalização do torneio estão confirmadas. As sedes e a tabela serão informadas pela Conmebol nas próximas horas", disse a Confederação Sul-Americana de Futebol em sua conta no Twitter.

As partidas devem ser disputadas nas cidades de Brasília, Natal, Manaus e Cuiabá, segundo informou uma fonte com conhecimento dos planos para a competição, que ocorre entre junho e julho. Uma outra pessoa, que também pediu anonimato, disse ainda que haveria chance de o Maracanã receber a decisão do torneio.

Apesar de o Brasil enfrentar um dos piores surtos de coronavírus do mundo, a Conmebol agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro e sua equipe, assim como à Confederação Brasileira de Futebol, por "abrir as portas do país ao que hoje em dia é o evento esportivo mais seguro do mundo".

A competição de seleções mais importante do continente seria disputada pela primeira vez em sua história em dois países, Argentina e Colômbia, mas se viu diante uma série de inconvenientes, que colocaram em dúvida sua realização.

A Argentina enfrenta uma segunda onda feroz de infecções e mortes por coronavírus, enquanto a Colômbia --que foi retirada da condição de sede dias atrás-- vive protestos intensos desde o mês passado, sem expectativas de fim, em um impasse para o governo. O governo argentino havia dito no domingo que seria difícil se manter como sede da competição.

A Conmebol confirmou que as datas de disputa do torneio seguem conforme programado, entre 13 de junho e 10 de julho, e agradeceu a disposição do presidente Jair Bolsonaro, que "apoiou a iniciativa de imediato", segundo comunicado.

"O Brasil vive um momento de estabilidade, tem infraestrutura comprovada e experiência acumulada e recente para organizar uma competição desta magnitude", disse o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, na mesma nota.

Com mais de 460.000 mortes e 16 milhões de infecções, o Brasil tem o segundo maior número de mortes por Covid-19 globalmente.

O Brasil organizou a Copa América em 2019, da qual se sagrou campeão, e a Copa do Mundo de 2014. BBC.


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