Um dia após discursar na Cúpula do Clima e prometer reduzir drasticamente o desmatamento no Brasil e as emissões de carbono, Jair Bolsonaro cortou recursos para a área ambiental nesta sexta-feira (23).
Setores responsáveis pelo combate à mudança climática e pelo controle de incêndios florestais terão, agora, menos recursos. Desta forma, o fomento a projetos de conservação do meio ambiente foi reduzido. A medida contraria uma das alegações feitas por Bolsonaro perante os líderes mundiais nesta quinta-feira (22): "determinei o fortalecimento dos órgãos ambientais, duplicando recursos para ações de fiscalização".
Interlocutores de Bolsonaro, segundo relata a Folha de S. Paulo, não esperavam o corte de verbas, e sim o aumento de recursos para a fiscalização ambiental em torno de R$ 115 milhões.
O corte foi determinado por Bolsonaro no ato da sanção do Orçamento de 2021. O ocupante do Palácio do Planalto cortou quase R$ 240 milhões da pasta do Meio Ambiente.
Integrantes da área econômica do governo Bolsonaro disseram que, até o momento, não foi apresentada nenhuma proposta para aumentar os recursos para a área ambiental. Quando, e se, um projeto do tipo for colocado em pauta, de acordo com o grupo, terá de ser discutido de onde tirar dinheiro para enviar à preservação ambiental. (247).