segunda-feira, 29 de março de 2021

Após saída de Azevedo, os três comandantes das Forças Armadas serão substituídos, diz Miriam Leitão

 

Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Corrêa - PR)

A jornalista Miriam Leitão, em artigo no jornal O Globo, afirmou que uma "alta fonte do governo” informou que todos os três comandantes das Forças Armadas serão substituídos após a troca do ministro da Defesa.

“O general Edson Pujol se transformou no obstáculo a que o presidente Bolsonaro usasse o Exército como se fosse dele. Essa alta fonte me informou que agora todos os comandantes, do Exército, da Marinha e Aeronáutica serão substituídos”, destacou.

“Dentro das Forças Armadas o que se diz é que nada mudará e que as Forças continuarão se colocando como instituições do Estado”, continuou.

Mais cedo, a jornalista já havia dito que a demissão do general Fernando Azevedo e Silva se deu para tirar o controle do Exército de Pujol, que tinha apoio do ex-ministro.

Em carta a Bolsonaro sobre sua saída, Azevedo e Silva destacou que “nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado”.

Além disso, entrevista do responsável pelo departamento-geral de pessoal do Exército, general Paulo Sérgio, para o Correio Braziliense, defendendo o isolamento social e o uso de máscaras para preservar os integrantes da Força diante da pandemia teria sido mais um dos pretextos de Bolsonaro para demitir o ministro.

Azevedo e Silva deixou o cargo em meio a uma onda de mudanças nos ministérios do governo Bolsonaro. A demissão gerou uma crise no Alto Comando das Forças Armadas.

Bolsonaro confirma mudanças em seis ministérios

Jair Bolsonaro emitiu nota confirmando mudanças no comando de seis ministérios.

Na Casa Civil, sai o ministro Walter Braga Netto e assume o ministro Luiz Eduardo Ramos, que chefiava a Secretaria de Governo.

No Ministério da Justiça, assume o delegado federal Anderson Torres, substituindo André Mendonça, que volta para a Advocacia Geral da União.

No Ministério da Defesa entra Walter Braga Netto, no lugar de Fernando Azevedo e Silva.

O Ministério das Relações Exteriores, será comandado pelo embaixador Carlos Alberto Franco França.

Na Secretaria de Governo entra a deputada federal Flávia Arruda (PL-DF).

Efetivamente, deixam o governo os ex-ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Fernando Azevedo e Silva (Defesa).

Walter Braga Netto, Luiz Eduardo Ramos e André Mendonça foram movidos entre pastas.

O delegado federal Anderson Torres, o embaixador Carlos Alberto Franco França e a deputada federal Flávia Arruda (PL-DF) são os novos integrantes do governo.

General Santos Cruz descarta golpe

O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro, afirmou nesta que as Forças Armadas não irão embarcar num eventual endurecimento do regime político no Brasil a pedido de Bolsonaro. 

Em declarações à revista Piauí, Santos Cruz falou sobre a demissão do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, junto com outras cinco mudanças no primeiro escalão do governo federal. 

“Não há clima para um golpe de Estado. As Forças Armadas têm uma postura institucional muito forte. Não embarcam nessa onda. As Forças Armadas têm estruturas fortes de comando, de liderança, de hierarquia, de respeito à legalidade”, garantiu Santos Cruz.  

“As Forças Armadas e seus comandantes têm consistência grande. Não se imagine que se possa lançar as Forças Armadas em uma aventura. Os militares não ficam embarcando em qualquer canoa. Não é fácil mexer com as Forças Armadas politicamente. Os comandantes são todos muito discretos. Não se envolvem com política. É uma gente séria”, acrescentou o militar. 

Após o anúncio da demissão de Fernando Azevedo, os comandantes do Exército, general Edson Pujol; da Marinha, almirante Ilques Barbosa Júnior; e da Aeronáutica, brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez discutiam a possibilidade de pedir renúncia coletiva dos cargos, algo inédito na história da república brasileira. 

Quem irá substituir Azevedo Silva será o general Walter Braga Netto, que comandava o ministro da Casa Civil. Luiz Eduardo Ramos, ex-chefe da Segov, assume a Casa Civil. 


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