Marcelo Camargo/Agência Brasil
A renda média das famílias mais ricas com aposentadorias e pensões supera em vinte vezes o valor recebido pelas famílias mais pobres do país.
A desigualdade nos benefícios é um dos argumentos usados pelo governo para ganhar apoio à reforma da Previdência.
Segundo a POF (Pesquisa de Orçamento Familiar), divulgada nesta sexta (4) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as famílias com renda superior a 25 salários mínimos recebem, em média, R$ 4.276,02 com aposentadorias e pensões.
Já as com renda inferior a dois salários mínimos recebem R$ 207,17.
Os valores consideram tanto os benefícios recebidos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) -que paga as aposentadorias do setor privado -quanto as aposentadorias dos regimes próprios de previdência, pagas pelos governos federal, estaduais e municipais a seus servidores públicos.
Na média nacional, as famílias brasileiras recebem R$ 854,55 em aposentadorias e pensões.
O valor representa 15,7% do rendimento das famílias, que é de R$ 5.426,70, segundo o IBGE. Para a classe mais pobre, a dependência é maior, de 16,6%.
Nesta classe, estão 24,6% das famílias brasileiras.
Para os mais ricos, ou 2,7% das famílias, as aposentadorias e pensões representam 8,6% da renda média, que somava R$ 23.850 em janeiro de 2018, data base da pesquisa.
Do total recebido pelos mais pobres, R$ 197,32 vêm do INSS. O valor referente a aposentadorias públicas é de apenas R$ 9,85.
No caso dos mais ricos, as aposentadorias públicas têm peso maior: R$ 3.037,24 por mês, contra R$ 1.238,78 dos benefícios do INSS.
Em discursos e entrevistas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem usado o termo "fábrica de desigualdades" para se referir ao sistema atual.
Já aprovada na Câmara dos Deputados, a reforma está hoje no Senado, onde o governo vem enfrentando obstáculos.
Nesta semana, os senadores condicionaram a votação em segundo turno na Casa ao destravamento do debate sobre o rateio do bônus de assinatura do megaleilão do pré-sal, marcado para o início de novembro.
O governo se comprometeu a destinar 30% do valor arrecadado no leilão a estados e municípios, mas o modelo proposto enfrenta resistências na Câmara.
A proposta de reforma não mexe na aposentadoria dos estados e municípios, que é tema de um projeto paralelo em discussão no Congresso.
As famílias ricas também recebem mais recursos da previdência privada. Em 2018, foram R$ 665,36, o equivalente a 1,6% da renda, superior à média nacional, de 0,7%.
Já as famílias mais pobres, praticamente não têm renda com aposentadoria privada, com uma média de apenas R$ 0,56 por mês.
A desigualdade nos benefícios é um dos argumentos usados pelo governo para ganhar apoio à reforma da Previdência.
Segundo a POF (Pesquisa de Orçamento Familiar), divulgada nesta sexta (4) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as famílias com renda superior a 25 salários mínimos recebem, em média, R$ 4.276,02 com aposentadorias e pensões.
Já as com renda inferior a dois salários mínimos recebem R$ 207,17.
Os valores consideram tanto os benefícios recebidos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) -que paga as aposentadorias do setor privado -quanto as aposentadorias dos regimes próprios de previdência, pagas pelos governos federal, estaduais e municipais a seus servidores públicos.
Na média nacional, as famílias brasileiras recebem R$ 854,55 em aposentadorias e pensões.
O valor representa 15,7% do rendimento das famílias, que é de R$ 5.426,70, segundo o IBGE. Para a classe mais pobre, a dependência é maior, de 16,6%.
Nesta classe, estão 24,6% das famílias brasileiras.
Para os mais ricos, ou 2,7% das famílias, as aposentadorias e pensões representam 8,6% da renda média, que somava R$ 23.850 em janeiro de 2018, data base da pesquisa.
Do total recebido pelos mais pobres, R$ 197,32 vêm do INSS. O valor referente a aposentadorias públicas é de apenas R$ 9,85.
No caso dos mais ricos, as aposentadorias públicas têm peso maior: R$ 3.037,24 por mês, contra R$ 1.238,78 dos benefícios do INSS.
Em discursos e entrevistas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem usado o termo "fábrica de desigualdades" para se referir ao sistema atual.
Já aprovada na Câmara dos Deputados, a reforma está hoje no Senado, onde o governo vem enfrentando obstáculos.
Nesta semana, os senadores condicionaram a votação em segundo turno na Casa ao destravamento do debate sobre o rateio do bônus de assinatura do megaleilão do pré-sal, marcado para o início de novembro.
O governo se comprometeu a destinar 30% do valor arrecadado no leilão a estados e municípios, mas o modelo proposto enfrenta resistências na Câmara.
A proposta de reforma não mexe na aposentadoria dos estados e municípios, que é tema de um projeto paralelo em discussão no Congresso.
As famílias ricas também recebem mais recursos da previdência privada. Em 2018, foram R$ 665,36, o equivalente a 1,6% da renda, superior à média nacional, de 0,7%.
Já as famílias mais pobres, praticamente não têm renda com aposentadoria privada, com uma média de apenas R$ 0,56 por mês.
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