Motivo para a migração está no salário pago no Mais Médicos (R$ 11.800) e em benefícios ofertados no programa, como auxílio-moradia
Por: Folhapress
Apesar dessa adesão, a "migração" de um programa federal a outro e relatos de desistência de médicos inscritos também têm gerado alerta entre secretários de saúdeFoto: Rafael Furtado / Folha de Pernambuco
Quatro em cada dez médicos inscritos em
novo edital do Mais Médicos já atuavam
em unidades de saúde e devem deixar vagas abertas
para entrar no programa federal. Essa "migração" preocupa municípios,
para quem a situação deve deixar postos de saúde sem
atendimento.
Os dados são de levantamento divulgado nesta quinta-feira (29) pelo Conasems, conselho que reúne secretários municipais de saúde. Segundo o balanço, de 7.271 médicos que já tinham selecionado vagas no Mais Médicos até segunda-feira (26), 2.844 já pertenciam aos quadros do programa Estratégia Saúde da Família.
O conselho, porém, diz estimar que o número de médicos que já atuavam no SUS seja ainda maior e corresponda a até metade dos inscritos. A previsão é que os dados completos sejam divulgados na tarde desta quinta-feira.
Os dados são de levantamento divulgado nesta quinta-feira (29) pelo Conasems, conselho que reúne secretários municipais de saúde. Segundo o balanço, de 7.271 médicos que já tinham selecionado vagas no Mais Médicos até segunda-feira (26), 2.844 já pertenciam aos quadros do programa Estratégia Saúde da Família.
O conselho, porém, diz estimar que o número de médicos que já atuavam no SUS seja ainda maior e corresponda a até metade dos inscritos. A previsão é que os dados completos sejam divulgados na tarde desta quinta-feira.
Em São Paulo, 170 profissionais que eram
do Saúde da Família migraram para o Mais Médicos. Em Minas Gerais, esse número já
chega a 420, e na Bahia, a 325. Para Mauro Junqueira, do Conasems, a situação
preocupa e traz risco de desassistência. A previsão é que esses médicos deixem os postos até o dia 14 de dezembro,
data limite para entrada no Mais Médicos. "É vestir um santo e desvestir
outro", diz.
O motivo para a migração está no salário pago no Mais Médicos (R$ 11.800) e em benefícios ofertados no programa, como auxílio-moradia. "Não temos condições de disputar com o programa", afirma. "Ele foi interessante e nós aprovamos porque conseguiu fixar o médico nas unidades. Mas isso também está causando problema para as unidades."
Ao todo, 8.330 vagas já têm médicos alocados. Dados de balanço divulgado pelo Ministério da Saúde mostram que, deste total, 4.675 são médicos que aderiram ao programa pela primeira vez. Apesar dessa adesão, a "migração" de um programa federal a outro e relatos de desistência de médicos inscritos também têm gerado alerta entre secretários de saúde.
Em meio ao forte risco de desassistência, o Ministério da Saúde anunciou uma força-tarefa com ligações aos médicos inscritos para que eles assumam as vagas de forma imediata. Até esta terça, mais de mil médicos já haviam assumido as vagas.
No contato, a pasta também planeja pedir que aqueles que pretendem desistir das vagas comuniquem a decisão imediatamente às prefeituras, o que pode acelerar novo processo de seleção, informa.
Para Junqueira, uma solução para ocupar as vagas seria abrir um segundo edital para médicos formados no exterior. Ele afirma que cubanos que se casaram com brasileiros têm manifestado interesse em ocupar as vagas.
O motivo para a migração está no salário pago no Mais Médicos (R$ 11.800) e em benefícios ofertados no programa, como auxílio-moradia. "Não temos condições de disputar com o programa", afirma. "Ele foi interessante e nós aprovamos porque conseguiu fixar o médico nas unidades. Mas isso também está causando problema para as unidades."
Ao todo, 8.330 vagas já têm médicos alocados. Dados de balanço divulgado pelo Ministério da Saúde mostram que, deste total, 4.675 são médicos que aderiram ao programa pela primeira vez. Apesar dessa adesão, a "migração" de um programa federal a outro e relatos de desistência de médicos inscritos também têm gerado alerta entre secretários de saúde.
Em meio ao forte risco de desassistência, o Ministério da Saúde anunciou uma força-tarefa com ligações aos médicos inscritos para que eles assumam as vagas de forma imediata. Até esta terça, mais de mil médicos já haviam assumido as vagas.
No contato, a pasta também planeja pedir que aqueles que pretendem desistir das vagas comuniquem a decisão imediatamente às prefeituras, o que pode acelerar novo processo de seleção, informa.
Para Junqueira, uma solução para ocupar as vagas seria abrir um segundo edital para médicos formados no exterior. Ele afirma que cubanos que se casaram com brasileiros têm manifestado interesse em ocupar as vagas.
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