Ao menos 2,3 milhões de pessoas deixaram a Venezuela desde 2015, no que a ONU considera o movimento populacional mais maciço da história
recente da América Latina
Por: AFP
A Holanda colocará quatro milhões de euros à disposição da Organização Internacional para as Migrações (OIM) para o atendimento aos venezuelanos que fogem da crise econômica e política em seu país, disse nesta quinta-feira (29) o primeiro-ministro, Mark Rutte.
"É incrível ver como a Colômbia e outros países da região estão trabalhando juntos para encontrar uma solução. Os Países Baixos os apoiam e queremos ajudá-los", afirmou Rutte em uma declaração conjunta com o presidente colombiano, Iván Duque, em Bogotá.
"Por isso, colocaremos à disposição da Organização Internacional para as Migrações quatro milhões de euros para apoiar o recebimento de migrantes venezuelanos na região", acrescentou no final de seu segundo e último dia de visita ao país.
Ao menos 2,3 milhões de pessoas deixaram a Venezuela desde 2015, no que a ONU considera o movimento populacional mais maciço da história recente da América Latina.
A maioria dos migrantes vai para Peru e Colômbia, em cujo território mais de um milhão de venezuelanos chegaram nos últimos anos.
Duque, que lidera a pressão internacional contra o que considera a "ditadura" de Nicolás Maduro, disse que seu país destina 0,5% do PIB - cerca de 1,348 bilhão de dólares - para atender aos migrantes.
Rutte também reiterou o apoio dos Países Baixos ao acordo de paz que, no ano passado, desarmou e transformou em partido a guerrilha das Farc, que Duque pretende modificar por considerá-lo leniente com os insurgentes.
O primeiro-ministro anunciou uma doação de dois milhões de euros ao fundo da União Europeia para apoiar o pacto que pôs fim a meio século de confrontos com os rebeldes comunistas e que foi assinado pelo governo anterior de Juan Manuel Santos.
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