domingo, 14 de outubro de 2018

Um dia antes de tentar matar manicure, PM desabafou em rede social

O sargento militar reformado Erivaldo Gomes do Santos afirmou em publicação que sua ex-companheira, Renata Sérgis da Silva, teria sugerido que ele se matasse; manicure segue hospitalizada
   Por: Anna Tiago e Fabio Nóbrega, do Portal FolhaPE
Fachada do Hospital da Restauração
Fachada do Hospital da RestauraçãoFoto: Henrique Genecy/Folha de Pernambuco


Um dia antes de tentar matar a ex-companheira, a manicureRenata Sérgio da Silva, 30 anos, o sargento reformado da Polícia Militar Erivaldo Gomes dos Santos, 57 anos, postou em seu perfil numa rede social que ela teria sugerido que ele se matasse. A tentativa de feminicídio ocorreu na tarde dessa quinta-feira (27) em um salão de beleza no bairro do Parnamirim, na Zona Norte do Recife.

Em seu perfil no Facebook, o PM aposentado contou, em publicação feita na quarta-feira (26), que Renata, com quem mantinha um caso extraconjugal há 11 anos e tem uma filha de 10, falou para ele tirar a própria vida. De acordo com o post, a esposa de Erivaldo o teria perdoado pelo caso extraconjugal. "Essa é minha mulher de verdade, me perdoou, não deixou fazer uma loucura em mim", disse ele na publicação. "Aquela pessoa que desejou meu suicídio, eu desejo o dobro. Estou doente, mas a minha esposa que me socorreu", completou o policial. Em outras postagens, Erivaldo afirmou que "só quer os móveis de volta"
A manicure foi atingida por três tiros pelo militar aposentado quando se encontrava no trabalho, no salão de beleza, e está internada no Hospital da Restauração, no Derby, região central do Recife. De acordo com a assessoria do HR, a manicure passou por cirurgia na quinta e foi transferida para a sala de recuperação. Na manhã desta sexta-feira (28), ela se encontra consciente e seu quadro de saúde é estável, mas ainda não há previsão de alta médica. 

Renata prestou depoimento e repassou informações preliminares à Polícia Civil de Pernambuco ainda na noite da quinta. A polícia acompanha a evolução do quadro clínico de Renata e aguarda a melhora dela para coletar uma nova declaração. O ex-companheiro da vítima segue foragido. A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) realiza buscas para localizar o seu paradeiro. 


Publicações de Edivaldo no Facebook
Publicações de Edivaldo no Facebook - Foto: Reprodução/Facebook
Renata e Erivaldo se separaram há cerca de seis meses após manterem um relacionamento extraconjugal de 11 anos segundo a PCPE. De acordo com a polícia, Erivaldo não aceitava o fim do relacionamento. A vítima já havia prestado uma queixa contra o ex-companheiro, que resultou em uma medida protetiva contra o policial. 

Segundo a delegada de plantão do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), Érica Bezerra, o casal tem uma filha de 10 anos e Renata contou que o ex-companheiro sempre foi violento. "Ela queria uma coisa mais estável e ele não aceitava esta decisão. Quando ela decidiu acabar, ele intensificou com perseguição e ameaças", disse.

Entenda o caso
A tentativa de feminicídio aconteceu por volta das 15h dessa quinta-feira (27). De acordo com testemunhas, Renata Sérgio foi atingida por três tiros no rosto, tórax e abdômen. No momento do crime, havia seis pessoas – a proprietária, uma cliente e quatro funcionárias – no salão de beleza onde a vítima trabalhava. 

Segundo o porteiro da galeria onde se localiza o salão, Cícero dos Santos, de 50 anos, as pessoas ficaram em pânico e saíram correndo depois que o sargento reformado efetuou os disparos. “Momentos antes, a dona do salão saiu gritando pra mim ‘Seu Cícero, ele está armado’. Logo em seguida, ouvi três disparos. Quando eu virei, ele [policial aposentado] saiu correndo. Eu não cheguei a ver porque na hora foi uma agonia, mas o pessoal que estava perto falou que ele subiu em uma moto e foi embora”, relatou o porteiro.

Peritos do Instituto de Criminalística estiveram no local, onde visualizaram manchas de sangue - principalmente na copa do salão -, além de projéteis. "Olhamos elementos balísticos para comparar com a arma", observou o perito Victor Sá Leitão. 

Renata Sérgis foi socorrida pelos colegas de trabalho para o Hospital Agamenon Magalhães, em Casa Amarela, e depois transferida para o Hospital da Restauração, no Derby, onde passou por cirurgia. 


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