Na área da obra, localizada em São José da Tapera, não havia ninguém trabalhando ontem; devido à seca, cenário no local é desolador. FOTO: JOSÉ RONALDO
O Canal do Sertão é apontado pelo governo do Estado como o maior projeto hídrico para combater a seca em Alagoas, mas o trecho 4 da obra, que já deveria atender moradores dos municípios de Senador Rui Palmeira e São José da Tapera desde 2015, tem se transformado em sinônimo de demora e frustração. Mesmo com a previsão de conclusão atrasada em três anos, a construção deve ser paralisada, mais uma vez, devido à falta de pagamento à construtora.
A dívida já ultrapassa os R$ 30 milhões. Como resultado, 400 trabalhadores perderam o emprego e mais outros 450 estão em vias de demissão, refletindo diretamente na economia das pequenas cidades. O trecho 4 do canal, executado pela construtora Odebrecht, deve ter 30 km de extensão.
A obra, contratada pelo governo do Estado e iniciada em 2013 e com conclusão projetada para dois anos, chegou a contar com 1.200 trabalhadores diretamente, a maioria moradores de cidades da região, mas os problemas constantes ocorridos desde lá têm provocado a redução de vagas de trabalho. De acordo com o setor de engenharia da empresa, no início deste ano, 850 pessoas estavam empregadas na obra, que entrou em processo de paralisação em maio passado. Neste período de três meses, 400 funcionários foram mandados embora, 100 deles somente na semana passada. (Via: Gazeta de Alagoas)
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