O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de encontro com intelectuais, artistas e políticos neste sábado, 9. Em discurso, Lula disse que o golpe parlamentar contra a presidente Dilma Rousseff não começou no impeachment, foi travado muito antes.
"A Globo parou a novela para transmitir manifestação em 2013 não foi pra defender manifestante, foi pra iniciar uma campanha de falar mal do governo", afirmou Lula. "Eles decidiram afastar a Dilma porque minaram a governabilidade dela e ela não aceitou atender aos interesses do mercado financeiro", afrmou.
Lula voltou a denunciar o desmonte de Michel Temer sobre as políticas sociais e os direitos da população. "O Temer foi colocado lá para atender aos interesses do mercado financeiro. Ele faz o que nenhum presidente eleito teria coragem de fazer, nem com 100% dos votos na China", disse.
Sobre a caçada judicial e midiática da qual é vítima, Lula criticou o procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol. "Fazer aquele PowerPoint e apresentar na televisão durante uma hora e meia, dizendo que o PT foi criado pra ser uma organização criminosa para eleger um presidente, chegar ao poder e roubar o país, é de uma demência incurável", disparou.
"Eu não tenho nenhuma razão para acreditar que esse país viva num Estado de Direito. Ainda mais depois que levaram o reitor da UFMG e mais 30 pessoas, depois do suicídio do reitor de Santa Catarina. Se eles fizeram um carnaval depois que encontraram dinheiro na casa do Geddel, ouro em não sei quem... por que não pediram desculpas à dona Marisa depois de revirarem minha casa e não terem encontrado nada?", questionou Lula.
O líder petista disse que já tem mais de 36 horas de matérias contra ele no Jornal Nacional. "E eu continuo desafiando eles a encontrarem R$ 1 na minha vida que não foi ganho honestamente. Eu não tenho medo deles. E quero fazer campanha para discutir o Brasil, não o Moro", afirmou.
Participaram do encontro com o Lula intelectuais como o ex-chanceler Celso Amorim, o teólogo Leonardo Boff, o sociólogo e colunista do 247 Emir Sader, o ex-ministro Fernando Haddad, a filósofa Marcia Tiburi, além do líder do PT no Senado, Lindbergh Farias, a deputada Jandira Feghali (PCdoB), entre outros.(247).
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