Quando a gente acorda e se depara com a notícia de que as manifestações em apoio a Lula estão proibidas em Curitiba, por decisão monocrática de uma juíza que foi apologista do golpe contra Dilma...
Quando a gente fica sabendo que o TRF simplesmente negou o direito constitucional de Lula em gravar o seu próprio depoimento...
Quando a gente se depara com o fato de que, apenas na véspera do depoimento de Lula, sua defesa finalmente pôde obter documentos com mais de cem mil páginas e, ainda assim, Moro nega prazo adicional para a mesma analisar seu conteúdo...
Quando vemos na televisão imagens da polícia federal, da polícia militar e até do exército revistando, cadastrando e confiscando "armas" de humildes trabalhadores que estão a caminho do Paraná (incluindo arados e colheres de arroz)...
Quando subitamente um simples juiz substituto de Brasília decide, sem qualquer base legal, suspender as atividades do Instituto Lula de São Paulo, 24 horas antes do depoimento de Lula ao juiz Sérgio Moro...
Quando tomamos conhecimento das acusações centrais a Lula: ocultação de patrimônios, quais sejam, a posse de um apartamento no Guarujá (que está registrado em cartório no nome da OAS a qual, inclusive, já o penhorou) e um sítio em Atibaia do seu amigo José Bittar...
Quando descobrimos que a esposa do juiz que julga Lula é ligada politicamente ao PSDB e está envolvida em um escândalo da APAE que chega na cifra de 400 milhões de reais e o "lindo casal" possui um patrimônio no mínimo cem vezes maior do que o de toda a família de Lula...
Quando estamos diante disso tudo, nos faltam palavras... E sem palavras, só nos resta a ação. E a ação é a luta efetiva, popular e suprapartidária contra a Ditadura.
Pois ou seremos capazes de derrotar essa Ditadura nas ruas ou viveremos sem palavras (e sem se aposentar) para o resto de nossas vidas... (247).
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