Minutos antes de chegar ao prédio da Justiça Federal em Curitiba, nesta quarta-feira, 10, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, disse o método usado pelo juiz Sérgio Moro leva, na prática, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a um linchamento público antes de ser julgado.
"Esse método de fazer Justiça é muito questionável. Pode ter linchamento de pessoas", disse, ao criticar a exposição do processo antes do julgamento final. "Na prática, vai para o linchamento. Temos aqui [em Curitiba] toda essa confusão porque ele seria dono de um triplex", declarou.
Lula presta depoimento ao juiz Sérgio Moro na ação penal em que é acusado de ser dono de um triplex no Guarujá (SP), e o sobre o armazenamento do acervo presidencial dele. Paulo Okamotto é réu na mesma ação e já foi ouvido.
Okamotto foi questionado também sobre a decisão do juiz federal Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, que mandou suspender as atividades do Instituto Lula. Ele afirmou ser "muita coincidência" a suspensão ser divulgada na véspera do depoimento do ex-presidente a Moro.
"Muita gente está dizendo que isso foi uma forma de tirar a gente do foco, mas eu não tenho como provar", disse. O presidente do instituto disse ainda que não sabe qual é a extensão da suspensão. "Vamos ter de tirar nosso site do ar?", questionou.
Ele ainda disse que, se for aplicar a tese de interrupção de atividades para todos os locais onde há discussão política, "não tem mais sindicato, não tem mais nada". "Quero saber qual a base legal para a suspensão", provocou. (247).
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