Um novo recorte da pesquisa Vox Populi, divulgado pela Carta
Capital neste fim de semana,
revela que nada menos do que 78% dos brasileiros defendem que o Tribunal
Superior Eleitoral casse o mandato de Michel Temer.
Além disso,
nove em cada dez brasileiros preferem escolher, via eleições diretas, o próximo
presidente da República, caso Temer deixe o poder. Hoje, de acordo com a
Constituição, o Congresso é que deveria eleger o substituto do peemedebista
caso ele seja cassado.
A pesquisa,
que foi encomandada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), demonstra ainda
uma rejeição altíssima da população sobre propostas do governo que retiram
direitos dos trabalhadores, como a reforma da Previdência e a Lei da
Terceirização, que já foi aprovada pelo Congresso e amplia a possibilidade de
terceirização para qualquer atividade dentro de uma empresa, pública ou
privada.
"O
aumento da idade da aposentadoria para 65 anos e do tempo de contribuição
(mínimo de 25 anos), base da reforma da Previdência, é rejeitado por 93%,
revela a pesquisa CUT/Vox Populi. E e 80% reprova a Lei de Terceirização",
informa a Carta Capital.
"A crise
política só começará a ser debelada com novas eleições, e somente uma intensa
mobilização popular, com os movimentos sociais e a população nas ruas, será
capaz de antecipá-las", diz Vagner Freitas, presidente da CUT. "Boa
parte dos deputados e senadores que estão aí sabe que não será capaz de se
reeleger em 2018, até pelos impactos da Lava Jato. Parecem negociar o fim de
suas carreiras políticas", acrescenta.
O
levantamento, realizado entre 6 e 10 de abril, aponta ainda que apenas 5%
consideram o desempenho de Temer ótimo ou bom - percentual que era de 8% em
dezembro do ano passado e de 14% em outubro. No outro extremo, 65%
classificaram a atuação de Temer como ruim ou péssima.
Outro índice
negativo para o peemedebista é o de que para 51% dos entrevistados, o combate à
corrupção está pior com Temer na presidência da República. Em dezembro, essa
era a opinião de 49% dos entrevistados.
A margem de
erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Foram
entrevistadas 2 mil pessoas com mais de 16 anos em 118 cidades. (247).
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