Os governos do
Brasil, da Argentina, do Chile, da Colômbia, Costa Rica, de Honduras, do
México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai condenaram hoje (20) a onda de
violência na Venezuela. Esta semana, três pessoas morreram e mais de 60 ficaram
feridas em protestos em Caracas e cidades de 14 estados do país.
Em nota, os 11 governos latino-americanos “reiteram a urgência
de as autoridades venezuelanas adotarem medidas para garantir os direitos
fundamentais e preservar a paz social”.
“É
imperativo que a Venezuela retome o caminho da institucionalidade democrática e
que seu governo defina as datas para o cumprimento do cronograma eleitoral,
liberte os presos políticos e garanta a separação dos poderes constitucionais”,
diz o texto divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
No comunicado, o
Itamaraty diz que os governos da região se somam ao secretário-geral da
Organização das Nações Unidas, António Guterres, “que insta todas as partes a
adotar medidas concretas para reduzir a polarização e criar as condições
necessárias para enfrentar os desafios do país, a favor do povo venezuelano”.
A onda de violência na Venezuela se agravou esta semana em meio
à polarização política no país. A oposição marchou em vários estados contra o
presidente Nicolás Maduro, enquanto milhares de venezuelanos convocados pelo
governo foram às ruas defender o chavista.
Na
véspera dos protestos, Maduro convocou os militares, as forças de segurança e
também as milícias civis armadas para protegê-lo contra um suposto golpe de
Estado que, segundo ele, estaria sendo tramado pelos Estados Unidos com o apoio
de seus adversários. A Venezuela enfrenta uma séria crise econômica, marcada
por uma inflação anual de 700% e escassez de medicamentos e alimentos. O país
também está cada vez mais isolado internacionalmente e o governo de Maduro é
acusado de violar a ordem democrática. (EBC).
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do BILL NOTICIAS