A polêmica gerada por um comentário da
jornalista do Rio Grande do Norte Micheline Borges contra a aparência
das médicas cubanas trazidas ao Brasil para atuar pelo Programa Mais
Médicos saiu das redes sociais e entrou para a esfera judicial. A
potiguar está sendo processada pelo Sindicato das Empregadas e
Trabalhadores Domésticos da Grande São Paulo (Sindomésticas-SP), que
pede indenização de R$ 27 mil por danos morais e retratação pública.
Micheline Borges postou em sua página no
Facebook, no dia 27 de agosto, um comentário comparando as médicas
cubanas a empregadas domésticas. A jornalista deletou o texto após a
repercussão negativa, que gerou mais de cinco mil compartilhamentos, e
logo em seguida excluiu a conta da rede social.
“Me perdoem se for preconceito, mas
essas médicas cubanas tem uma cara de empregada doméstica. Será que São
médicas Mesmo? Afe que terrível. Médico, geralmente, tem postura, tem
cara de médico, se impõe a partir da aparência…Coitada da nossa
população. Será que eles entendem de dengue? Febre amarela? Deus proteja
o nosso povo! (sic)”, dizia a mensagem.
A ação foi protocolada pelo sindicato no
dia 6 de setembro, na 1ª Vara do Juizado Especial Cível de São Paulo.
De acordo com o Sindomésticas-SP, “Micheline Borges menospreza a
potencialidade das médicas cubanas e trata com desprezo e discriminação
as nossas empregadas domésticas”. E acrescentou que a ação contra a
jornalista é “em nome de todas as empregadas domésticas do Brasil”.
A categoria se sentiu ofendida com os
termos usados por Micheline, que não quis se pronunciar sobre o
processo. Em entrevista a um portal de notícias do Estado logo após o
ocorrido em agosto, ela pediu desculpas e disse que foi mal
interpretada. O Sindicato dos Empregados Domésticos do RN também deverá
entrar na justiça contra Micheline; o caso será discutido em reunião na
próxima semana. As informações são do NE10.
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