quarta-feira, 22 de maio de 2013

Campos não comenta declaração de FHC de que seria candidato em 2014


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O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, não negou nem confirmou a declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), feita na última segunda-feira (20), segundo o qual Campos teria lhe confirmado, há cerca de um mês, que será candidato à Presidência da República. “Não costumo comentar conversas privadas. O que eu falo do ponto de vista das conversas privadas não se altera quando eu falo de público. Acho que o PSB vai tomar a decisão, como o próprio presidente Fernando Henrique Cardoso disse, na hora certa. As circunstâncias é que vão dizer exatamente qual o papel que o PSB jogará para ajudar o Brasil, o povo brasileiro e o crescimento do PSB na política brasileira”. A declaração do ex-presidente foi dada durante palestra em São Paulo, na última segunda (20).
O comentário de Eduardo Campos foi feito na tarde desta terça-feira (21), após a assinatura de um acordo de cooperação com a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) que levará ao arquipélago de Fernando de Noronha uma usina solar fotovoltaica, a terceira do estado. O sistema converte radiação solar em energia elétrica e vai gerar cerca de 777 MWh/ano, o que corresponde a 6% do consumo da ilha. O evento ocorreu no Centro de Convenções, em Olinda.
Ao final da solenidade, perguntado sobre a aparente divisão interna no PSB, devido às recentes declarações de apoio à reeleição de Dilma Rousseff dadas pelos governadores do Amapá e do Espírito Santo, Campos afirmou que o partido só vai decidir sobre o assunto no ano que vem. “Não haverá decisão antes de 2014. Isso faz parte do estatuto [do partido] e da prática política do PSB. Em todos os anos em que houve eleição foi assim, o nosso estatuto diz que é assim e será assim, quer queiram uns ou não. Quem vai decidir o futuro do PSB é o PSB, não serão ingerências nem interferências de quem quer que seja”, disse.
O PSB, partido presidido por Campos, integra a base de apoio ao governo Dilma. No entanto, nos últimos meses, especula-se que a legenda lance uma candidatura presidencial própria, tendo o pernambucano como candidato. Além dos governadores do Amapá e Espírito Santos, pelo menos mais um gestor estadual, Cid Gomes (CE), tem articulado a favor de Rousseff.
O pernambucano, porém, diz que vê com tranquilidade essas divergências. “Esse é um debate democrático, que deve seguir, não é chegada a hora de haver nenhum tipo de decisão. O PSB vai decidir sobre 14 em 14, porque nós estamos preocupados com 2013, e temos certeza que o PSB sairá unido como saiu de outros momentos onde teve que fazer esses debates. Como presidente do partido, eu não posso rasgar o estatuto, eu tenho que zelar por ele. No tempo certo, nós vamos ter um calendário, que vai começar pela ausculta da base partidária, como fizemos em outras eleições. Cada município vai se reunir, vai tirar uma posição. Cada estado vai se reunir, vai tirar uma posição. E o congresso do partido vai considerar isso no debate da cúpula partidária”.
Sobre a relação com o PT, Campos garante que não houve mudanças. “A relação é boa, de quem é companheiro, de quem militou durante muitos anos na construção das forças políticas para que o Brasil vivesse o processo de mudança que viveu nos anos recentes, de quem sempre teve identidade própria, esteve solidário no momento de dificuldade, sempre teve ideias e pugnou por essas ideias de maneira muito tranquila, temos uma relação de respeito, nunca foi uma relação de subserviência nem nunca foi uma relação aonde não se pudesse expressar as divergências, as diferenças, porque nos respeitamos, somos democratas, temos convicção de que se constrói todos os dias um projeto de País com o debate de ideias”. (G1PE)
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