A assessoria de imprensa do TJ-SP
(Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) informou que 24 réus
compareceram ao Fórum Criminal da Barra Funda (zona oeste de SP). A
identidade dos ausentes não foi informada, tampouco o motivo das
ausências –como são réus soltos, os PMs não são obrigados a comparecer
ao próprio julgamento. “Mas me causaria muita perplexidade a pessoa que
se diz inocente não querer se defender”, afirmou um dos promotores do
caso, Márcio Friggi.
Para evitar a imprensa, os 24 réus entraram pela porta dos fundos do fórum.
O episódio, classificado pela OEA
(Organização dos Estados Americanos) em 2000 como massacre, aconteceu na
extinta casa de detenção do Estado em 2 de outubro de 1992. Ao todo,
111 presos morreram e 87 ficaram feridos. O saldo final não teve PMs
mortos, mas 22 homens da corporação se feriram.
O julgamento foi dividido em quatro
partes pelo juiz do Fórum de Santana (zona norte de SP), José Augusto
Nardy Marzagão, designado para o caso, a fim de que os jurados possam
analisar o fato conforme a ordem de entrada dos PMs nos pavimentos em
que as mortes ocorreram. Assim, os 26 réus de agora respondem por
homicídio qualificado por 15 assassinatos no segundo pavimento do
pavilhão, equivalente ao térreo.
A previsão é que essa etapa do julgamento dure duas semanas.
“Vamos respeitar a ordem colocada pela
acusação, delineando as condutas dos réus, até para não confundir os
jurados”, disse o juiz. (UOL)
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