sábado, 2 de março de 2024

Abin produziu relatório com fake news para atacar urnas a mando de Ramagem, diz PF

Oficiais da agência de inteligência tentaram ligar ao PT a empresa fornecedora das urnas eletrônicas


Alexandre Ramagem, diretor-geral da Abin no governo Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação I Abin I Agência Brasil )

Durante o governo Bolsonaro (PL), a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) produziu um relatório informal contendo informações falsas sobre urnas eletrônicas, baseado em fake news de redes sociais, a mando do ex-chefe bolsonarista do órgão, Alexandre Ramagem, informa o jornal O Globo.

A descoberta foi feita pela Polícia Federal (PF), a partir da análise de trocas de mensagens entre oficiais da Abin.

As fake news abordadas pela agência de inteligência datavam de 2020 e buscavam descredibilizar as urnas eletrônicas, apontando que elas foram fornecidas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela empresa Positivo Tecnologia, que tem como um dos seus fundadores o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR). Os bolsonaristas tentaram emplacar uma falsa narrativa de que Guimarães possui ligação com o ex-juiz suspeito Sergio Moro (então rompido com o bolsonarismo) e com uma empresa chinesa, enquanto a Positivo seria ligada ao PT e ao presidente Lula.

Uma das mensagens obtidas pela PF mostra um oficial de inteligência da Abin encaminhando  a um colega um post "enviado pelo DG (diretor-geral da agência Alexandre Ramagem)". "Para análise da situação da empresa e a possibilidade de interferência", dizia o texto acompanhado do post encaminhado.

Outro post também foi encaminhado com o intuito de ser incluído no relatório, sendo que um oficial da Abin fez o seguinte comentário enquanto repassava a publicação: “lembrando que a POSITIVO sempre foi vermelha. Chegou a oferecer a Lula, quando presidente, computadores pela metade do preço, a fim de levar informática às escolas. Mas a intenção era outra".

Apesar de tudo, os oficiais, em seu relatório de intuito golpista, não conseguiram encontrar qualquer elemento concreto que fundamentasse a teoria conspiratória sobre o sistema eleitoral brasileiro. Sobre a investigação do caso, a PF avalia que “o evento relacionado aos ataques às urnas, portanto, reforça a realização de ações de inteligência sem os artefatos motivadores, bem como acentuado viés político em desatenção aos fins institucionais da Abin”. - 247.


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