quinta-feira, 5 de outubro de 2023

“Se eu cometi um crime lá atrás, está prescrito”, diz Moro

Ex-juiz suspeito admite pela primeira vez que pode ter cometido crime no caso Tony Garcia

Tony Garcia e Sergio Moro (Foto: Reprodução/TV 247 | Roque de Sá/Agência Senado)

O ex-juiz suspeito e hoje senador, Sergio Moro, praticamente admitiu, pela primeira vez, que pode ter cometido crime no caso Tony Garcia, revelado pelo jornalista investigativo da TV 247, Joaquim de Carvalho. 

“Esses fatos são de 20 anos atrás. Se eu tivesse cometido um crime muito grave lá em 2004, estaria prescrito. Então, por que estão sendo investigados fatos de 2004 a 2006?”, disse Moro em entrevista à GloboNews nesta quinta-feira (5). 

Garcia delatou Moro em uma entrevista à TV 247 em junho deste ano. Na ocasião, ele afirmou que desembargadores do TRF-4 foram chantageados por Moro depois de participarem de uma “festa da cueca” com prostitutas em Curitiba. Ele também acusou o senador de transformar a capital paranaense na "Guantánamo brasileira". Em setembro, o delator entregou ao Supremo Tribunal Federal as missões ilegais que cumpriu a mando de Moro.

De acordo com informações da jornalista Daniela Lima, do G1, uma investigação em curso no Supremo Tribunal Federal revelou que Heinz Georg Herwig, o então presidente do Tribunal de Contas do Paraná, foi alvo de escutas telefônicas autorizadas pelo ex-juiz Sergio Moro, conforme indicado em um relatório de inteligência da Polícia Federal anexado ao processo. As escutas foram realizadas por meio de equipamentos aprovados judicialmente e direcionadas a Herwig, enquanto ele estava sob investigação.

Herwig foi alvo dessas escutas devido à sua conexão com Tony Garcia, um ex-colaborador da Justiça do Paraná que estava sendo investigado por suposta gestão fraudulenta no consórcio Garibaldi. Este consórcio, que negociava veículos e imóveis, foi acusado por Moro de prejudicar mais de 4 mil pessoas. As evidências presentes no relatório confirmam que Herwig foi grampeado como parte das investigações relacionadas a essas atividades supostamente fraudulentas. - (247).

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