segunda-feira, 5 de junho de 2023

Tony Garcia entra no Twitter e propõe uma CPI da Lava Jato

 "Poderemos passar essa fase do País a limpo", afirmou o empresário e delator


Tony Garcia (de óculos) e Sergio Moro (Foto: Divulgação)

O delator Tony Garcia defendeu nesta segunda-feira (5) que seja criada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso Nacional, com o objetivo de apurar ilegalidades cometidas na Operação Lava Jato quando o atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR) julgava processos em primeira instância.

"Sugiro a deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, que abram uma CPI ou CPMI com os fatos que venho revelando onde poderemos passar essa fase do País a limpo. Sei de sua luta durante o tempo em que o presidente Lula esteve preso indevidamente, ninguém melhor do que você", disse Garcia no Twitter. 

Em entrevista ao 247, nesta segunda (5), a deputada Gleisi Hoffmann (PR) cobrou investigação das denúncias sobre as ilegalidades cometidas pelo ex-juiz Sérgio Moro e por procuradores da Lava Jato, feitas pelo empresário Tony Garcia. O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) apresentou requerimento à Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados (CASP) para que o delator seja convidado a detalhar as denúncias. 

Na última sexta (2), o delator afirmou ao 247 que, a mando do ex-juiz, foi instruído a forjar provas contra o ex-ministro José Dirceu. Também disse ter gravado ilegalmente o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) em 2018. De acordo com o delator, Moro transformou "Curitiba na Guantánamo brasileira". O senador chantageou a rede Walmart, acrescentou o delator na entrevista. 

Além das revelações de Garcia, um parecer técnico do professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Pablo Arantes mostrou que era forjada a gravação entregue por Moro ao Tribunal Regional Federal (TRF4-RS) para afastar Eduardo Appio da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), onde são julgados os processos de primeira instância jurídica da Lava Jato. 

No TRF4 são julgados processos em segunda instância. No tribunal localizado no Rio Grande do Sul, quem ocupa um dos cargos é João Malucelli, sócio de Moro e de sua esposa, a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP), em um escritório de advocacia. - 247.

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