Órgão quer que propriedades sejam voltadas para reforma agrária
A Defensoria Pública da União (DPU) entrou nesta quinta-feira (9) com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a expropriação de terras e o confisco de bens de empresas flagradas utilizando trabalhadores em condições análogas à escravidão.
No mandado de injunção protocolado no Supremo, o órgão defende que a medida está prevista no artigo 243 da Constituição, mas ainda não foi regulamentada.
A ação solicita a utilização imediata da Lei 8.257 de 1991 para expropriar propriedades rurais e urbanas que utilizam trabalhadores em condição análoga à escravidão. A norma é aplicada na expropriação de casos de cultivo de drogas.
A DPU pede que os bens sejam utilizados em ações da reforma agrária e programas de habitação popular.
De acordo com o defensor público federal Bruno Arruda, o objetivo é punir financeiramente quem usa esse tipo de mão de obra. “Apesar de todo o esforço que o Brasil vem fazendo para combater o trabalho análogo à escravidão, a quantidade de pessoas resgatadas nos últimos anos tem aumentado”, afirmou.
Vinícolas
Mais cedo, o Ministério Público do Trabalho (MPT) informou ter assinado um termo de ajuste de conduta (TAC) com as vinícolas Aurora, Garibaldi e Salton, envolvidas no flagrante de trabalho análogo à escravidão ocorrido em Bento Gonçalves (RS), em 22 de fevereiro.
Pelo acordo, as vinícolas se comprometeram a pagar R$ 7 milhões em indenizações, R$ 5 milhões por danos morais coletivos e R$ 2 milhões por danos individuais, a ser dividido entre os resgatados. O prazo de pagamento é de 15 dias a partir do fornecimento da listagem dos beneficiados.
O que é trabalho escravo
Trabalho escravo é uma forma de exploração laboral em que indivíduos são forçados a trabalhar em condições desumanas, sem liberdade ou direitos, geralmente sem remuneração adequada e sem escolha de deixar o trabalho. Essa prática é considerada uma violação dos direitos humanos e é ilegal em todo o mundo.
O trabalho escravo pode assumir várias formas, incluindo o trabalho infantil, o tráfico humano, o servidão por dívida e a exploração sexual. Essa prática é geralmente associada aos setores como a agricultura, construção, mineração, têxtil e indústria alimentícia, embora possa ocorrer em qualquer setor econômico.
O combate ao trabalho escravo é uma questão global e envolve esforços de governos, organizações internacionais, empresas e sociedade civil. As vítimas de trabalho escravo têm direito à proteção e assistência, e os responsáveis pela prática devem ser responsabilizados e punidos de acordo com a lei. - Agência Brasil.
(*Com auxílio de inteligência artificial)
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