Governadora buscou justificar a medida polêmica
Durante a reunião com os deputados estaduais para tratar da reforma administrativa, a governadora Raquel Lyra (PSDB) reconheceu para os parlamentares que o decreto sobre os servidores, principalmente em relação à cessão para outros órgãos e o encerramento das licenças (com exceção da maternidade), foi uma medida extrema tomada por sua gestão. Ela tentou justificar a medida, afirmando que precisaria ter um retrato mais fiel sobre o funcionalismo público do Estado. Segundo fontes que estiveram no Palácio, ela alegou que essas informações não teriam sido repassadas pelo governo anterior. O caminho para chegar a esse objetivo, que em geral seria o recadastramento dos servidores, seria mais demorado.
No encontro, Raquel afirmou que vai se reunir, o mais rápido possível, com os representantes do Fórum dos Servidores para discutir as medidas tomadas logo nas primeiras horas do seu mandato. O encontro deverá ser articulado através da nova secretária estadual de Administração, Ana Maraíza. A governadora chegou a reconhecer que, após ter um mapa mais completo da situação, o processo de cessão dos servidores poderá ser retomado.
Durante a reunião, alguns deputados buscaram alertar Raquel Lyra para situações pontuais de órgãos da gestão pública que são administrados, essencialmente, por cargos comissionados e não poderão ter suas atividades paralisadas por muito tempo para não haver perdas permanentes. Ela explicou que todas as medidas necessárias serão tomadas, mas não deu prazo.
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