Parlamentares recorreram ao STF após o ex-presidente dizer que atos em frente ao Congresso "não movem uma pestana de um deputado" e sugeriu outras formas de pressionar os políticos
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski rejeitou um pedido apresentado por deputados bolsonaristas para investigar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Parlamentares recorreram ao Judiciário após o petista afirmar, no começo deste mês, que atos em frente ao Congresso Nacional "não movem uma pestana de um deputado" e sugeriu outras formas de pressionar os congressistas. O ex-presidente fez o pronunciamento durante um evento da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Aliados de Jair Bolsonaro afirmaram que Lula "praticou o crime previsto de incitação à abolição violenta do Estado Democrático de Direito e perseguição".
De acordo com o jornal O Globo, Lewandowski anotou em seu despacho que Lula não tem cargo que lhe conceda foro no STF e afirmou que a matéria jornalística citada no pedido "se limita à transcrição de alguns poucos fragmentos de declarações supostamente proferidas durante evento de caráter político eleitoral, de resto, totalmente descontextualizadas".
No evento da CUT, o ex-presidente afirmou que, "quando a gente está dentro do Plenário, a gente não sabe se está chovendo lá fora, se está caindo canivete aberto, se está caindo granizo, a gente não sabe se estão xingando a gente ou xingando o presidente". "Você só vai saber dos atos quando chegar em casa e ligar a televisão". (Brasil247).