sexta-feira, 11 de março de 2022

Morte de Paulinha pode render condenações por homicídio e estelionato

 INVESTIGAÇÃO

                              Por: Douglas Lima - Portal Uai

Foto: Reprodução/Instagram

Com pouco mais de uma semana desde a morte da cantora Paulinha Abelha (1978-2022), seguem as investigações sobre o que ocasionou o falecimento precoce da artista.

Desde que laudos do corpo da vocalista da banda Calcinha Preta confirmaram que seu fígado e seus rins estavam sobrecarregados por conta do uso excessivo de substâncias, como anfetaminas e barbitúricos. A maioria delas usadas em regimes para perda de peso.

Inclusive, após a repercussão, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa, divulgou 140 substâncias proibidas, algumas delas ainda disponíveis na internet, logo após a divulgação do laudo.

O viúvo da artista, Clevinho Santos, já havia confirmado em uma entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, que Paulinha fazia uso de chás emagrecedores e diuréticos - o que pode ter prejudicado sua saúde.

Uma reportagem da revista eletrônica Domingo espetacular, da Record TV, exibido no último domingo (06), mostrou que uma receita de Abelha contava com 17 substâncias para o tratamento de diferentes sintomas: depressão, falta de memória, concentração, emagrecimento, entre outros.

De acordo com as informações do Diário do nordeste, é possível que alguns profissionais, qualificados ou não, que tenham receitado alguns ou todos os medicamentos encontrados no corpo de Paulinha Abelha. Caso seja comprovado que a cantora faleceu por conta desse tipo de consumo, eles poderiam ser condenados por homicídio, previsto no art. 121 do Código Penal (CP). Neste caso, a pena varia de seis a 20 anos, mesmo que não tenha tido a intenção de matar. O juiz também poderá considerar a forma culposa (negligência, imprudência ou imperícia) e diminuir a pena para um a três anos.

Além disso, os responsáveis podem ser condenados por estelionato se a Justiça julgar que a prescrição das substâncias foi feita para obter uma vantagem ilícita, sendo assim configurado como estelionato, segundo a publicação, a pena é de reclusão de um a cinco anos, além de multa.

Outra informação importante é que se as pessoas que prescreveram os medicamentos nocivos à saúde pública para a vocalista, e essas mesmas pessoas forem profissionais, eles também poderão ser julgados de acordo com os códigos de ética de cada profissão. Nesse caso, podem sofrer pena de detenção de seis meses a dois anos.

Paulinha Abelha morreu no dia 23 de fevereiro após ficar 12 dias internada, ela apresentou problemas renais que gerou danos neurológicos e entrou em coma profundo, no grau mais baixo da Escala de Glasgow – o estágio mais grave dessa métrica que avalia o nível de consciência de um paciente. Ela teve morte cerebral. A artista foi sepultada no cemitério de sua cidade natal, Simão Dias, interior de Sergipe.


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