Em nota, partido denuncia que a ação que motivou a decisão do TSE foi movida por representantes de um governo que repudia o debate, os artistas e a própria democracia
O PT repudiou, em nota, a ação apresentada pelo PL, partido de Jair Bolsonaro, e a decisão do ministro Raul Araujo, do TSE, que proibiu manifestações políticas de artistas durante o Lollapalooza. O ato “remete aos tempos da ditadura”, afirmou o partido.
O Tribunal não conseguiu contato com as empresas alvo da decisão, no entanto, e com isso a decisão se tornou inócua, ao menos para esta edição do festival de música, que se encerra neste domingo (27) em São Paulo.
A legenda lembra ainda que “a ação que motivou a decisão liminar foi movida por representantes de um governo que manifestamente repudia o debate, os artistas, a própria democracia”. Leia a íntegra da nota:
Censura a artistas do Lollapalooza remete aos tempos da ditadura
O Partido dos Trabalhadores repudia e recebe com extrema preocupação a decisão liminar de ministro do TSE sobre manifestações de artistas no Festival Lollapalooza, neste final de semana.
A decisão liminar remete aos tempos sombrios da censura prévia, que se abatia sobre artistas e todos que se manifestavam pela democracia em nosso país.
A luta pela democracia e liberdade de expressão custou o sacrifício e até a vida de brasileiros e brasileiras. E não teria sido vitoriosa sem a coragem de quem se manifestou contra o arbítrio, de quem expressou suas posições nos palcos ou nas ruas.
A ação que motivou a decisão liminar foi movida por representantes de um governo que manifestamente repudia o debate, os artistas, a própria democracia.
Não há e nunca houve qualquer relação entre o PT e os organizadores do festival. Mas temos um compromisso originário com a liberdade de expressão, que não pode ser tolhida, esteja ou não o país em ano de eleições presidenciais.
O PT está avaliando as medidas jurídicas cabíveis para restabelecer a liberdade de expressão, confiando que a Justiça corrigirá este grave erro. E somos solidários aos artistas atingidos pela decisão liminar.
Ninguém vai calar a voz do povo, ninguém vai amordaçar a democracia. 247