Queimadas na Amazônia (Imagem da Internet)
O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) informou, por meio do seu Sistema de Alerta de Desmatamento, que foram desmatados 1.606 km² de floresta na Amazônia em agosto de 2021. Foi o pior número para o mês em dez anos no monitoramento do instituto. Em agosto deste ano, o desmatamento no bioma aumentou 7% na comparação com o mesmo mês de 2020.
De janeiro a agosto, a área desmatada de janeiro a agosto somou 7.715 km², um crescimento de 48% ante 2020. De acordo com o site Poder 360, agosto foi o quinto mês de 2021 em que o desmatamento bateu recorde desde 2012, disse o Imazon. Março, abril, maio e julho também estiveram no auge em 10 anos.
O levantamento foi divulgado às vésperas do pronunciamento de Jair Bolsonaro na Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU). Ela vai discursar nesta terça-feira (21). Nas ocasiões anteriores (2019 e 2020), ele culpou indígenas e ONGs pelo desmatamento no Brasil.
De acordo com o instituto, "o desmatamento detectado em agosto de 2021 ocorreu no Pará (40%), Amazonas (26%), Acre (15%), Rondônia (10%) e Mato Grosso (9%)".
Pesquisador do Imazon, Antônio Fonseca alertou que, "se quisermos evitar que o ano feche com a maior área desmatada da década, precisamos urgentemente adotar ações mais efetivas, como aumentar o embargo de terras já desmatadas ilegalmente e intensificar operações de fiscalização, com a devida punição dos desmatadores".
Desde maio, o Pará continua consecutivamente no topo do ranking dos estados que mais desmataram na Amazônia, e teve 638 km² destruídos apenas em agosto. A área representa 40% de toda a devastação na Amazônia Legal e é maior do que São Luís.
O Amazonas segue pelo quarto mês consecutivo como o segundo que mais desmata na Amazônia, com 412 km² de floresta devastada em agosto (26% do total).
Com 236 km² de floresta desmatados em agosto (15% do total), o Acre entrou pela primeira vez no ano no terceiro lugar do ranking dos estados que mais destruíram a Amazônia. Apenas dois municípios, Sena Madureira e Feijó, somaram 95 km² de desmatamento, 40% do registrado no estado. (247).