quarta-feira, 22 de julho de 2020

"O vírus continua circulando entre nós", diz secretário de Saúde de Pernambuco

                  Por Portal Folha de Pernambuco
André Longo, secretário de Saúde de Pernambuco
André Longo, secretário de Saúde de Pernambuco – Foto: Pedro Menezes/SEI

“A gente não pode nunca deixar de lembrar que o vírus está entre nós. Há transmissão sustentada, então, é preciso estar atendo às medidas.” Foi com essa frase que o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, rechaçou qualquer possibilidade de controle da epidemia de Covid-19 no Estado. De acordo com ele, a doença está em curso e o risco de infecção segue presente. 

Em entrevista coletiva concedida de forma remota, nesta terça-feira (21), Longo voltou a reforçar a importância de usar a máscara de forma correta sempre que for necessário sair de casa. Saída essa que deve acontecer somente em situações essenciais, pois o isolamento social segue sendo a única forma possível de combater a disseminação do novo coronavírus. Fora isso, a lavagem frequente das mãos com água e sabão e o uso do álcool em gel a 70%, quando não for possível lavá-las, segue sendo regra, bem como manter no mínimo de 1,5 metro de distância para outras pessoas.  
"Não podemos passar imagem de controle porque o vírus ainda está circulando. Falamos em estabilidade. Há uma tendência de estabilidade,  com pequenas variações na primeira macro (Região Metropolitana do Recife e zonas da Mata Norte e Sul), mas controle, mesmo, só com vacina, erradicação do vírus ou quando a maior parte da população estiver imune. Temos visto ainda muita gente descumprindo as medidas. É importante que a própria população fiscalize”, destacou Longo. 
A declaração do gestor da SES-PE acontece no mesmo dia em que a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) disse não ver sinais de desaceleração da pandemia nas Américas, sinalizando preocupação maior justamente com o Brasil, além dos Estados Unidos e do México. Esses países são os que vêm registrando mais casos e mortes pela Covid-19. 
Em Pernambuco, segundo Longo, não há um cenário heterogêneo em relação à doença. A primeira macrorregião de Saúde, de acordo com dados da SES-PE, viveu o pico de casos e mortes em maio. "Desde então, temos reduções importantes de casos, mortes e demanda no sistema de saúde”, explicou o secretário. Isso não significa, porém, que não há mais riscos para a população dessa área, a mais adiantada no Plano de Convivência das Atividades Econômicas com a Covid-19. Nesta semana, foi iniciada a Fase 6, com reabertura de serviços de alimentação e academias de ginástica. 
"Há indícios de queda. Mas todo segmento que abre tem que ter consciência de que seus funcionários e clientes devem estar atentos aos protocolos. Essas medidas são fundamentais para que esta trajetória de queda de número de casos seja sustentada por mais tempo, procurando evitar um novo aumento de casos. E isso é um risco sempre no horizonte, pois há muitas pessoas que não foram expostas ao vírus. O cuidado é essencial, sobretudo com a população mais vulnerável, para que não seja exposta de forma desnecessária”, advertiu o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia. 
Se na primeira macorregião o momento é de cuidado para evitar uma segunda onda pesada de casos, no Agreste, no Sertão Central e no Sertão do São Francisco, a batalha é para estancar o espalhamento do vírus, que chegou com mais força no Agreste durante o mês de junho e, agora, se alastra também entre a população sertaneja. Segundo André Longo, essas regiões ainda carecem de maior cautela. Por causa disso, inclusive, ainda têm mais restrições na retomada das atividades.

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