CBB. (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
Reuters - O ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, reafirmou que o Brasil vai conseguir leiloar concessões de 43 aeroportos no início do próximo ano, apesar da paralisação do setor causada pela crise de Covid-19 no país e disse nesta segunda-feira que as esferas decisórias, incluindo o Tribunal de Contas da União (TCU), estão unidas para progresso do programa de desestatização.
Os comentários foram feitos durante transmissão pela internet promovida pelo Santander Brasil, após na sexta-feira o Supremo Tribunal Federal (STF) liberar imagens de reunião ministerial em que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que a pandemia é uma oportunidade para mudar pontos da legislação no país sem chamar a atenção e facilitar a exploração de terras hoje restritas por leis ambientais.
Na mesma reunião, em 22 de abril, o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, afirmou que o TCU é uma “usina de terror”.
“Existe um ambiente favorável...Tem sensibilidade do judiciário à questão, o Tribunal de Contas (TCU) tem ajudado. O Congresso quer ajudar também”, disse Freitas, referindo-se ao plano Pró-Brasil, de retomada econômica, que prevê investimento público de 30 bilhões de reais em projetos de infraestrutura.
“Vamos construir essa agenda e verificar que pontos da legislação podem ser alterados para trazer alívio ao setor privado”, afirmou o ministro, sem mencionar as imagens divulgadas na sexta-feira.
Segundo ele, os leilões de 43 aeroportos do país deveriam ocorrer este ano, mas investidores pediram adiamentos após a crise da Covid-19 atrapalhar estudos sobre os ativos. Agora, a expectativa é que os certames ocorram em março de 2021.
Para Freitas, apesar da pandemia, que tem levado operadores de infraestrutura pedirem reequilíbrio econômico de contratos diante da forte queda da demanda, os leilões terão sucesso.
“Vamos vender e vamos vender muito, vamos vender os 43 aeroportos. Por uma questão de ousadia, uma vez que todo mundo está tirando aeroporto da praça”, disse o ministro. “O setor vai retomar...Talvez seja setor mais atingido, mas vamos vir com protocolos de segurança e aos poucos o movimento será retomado”.
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