(Foto: Reuters)
Da RFI - Os maiores doadores internacionais, entre eles o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e a ONG Conservation Internacional, vão destinar US$ 500 milhões suplementares (cerca de R$ 2 bilhões) para proteger a Amazônia e outras florestas tropicais. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (23) pela presidência francesa em Nova York, onde acontece a Cúpula do Clima da ONU.
O financiamento do reflorestamento foi um dos temas centrais da reunião especial sobre a Amazônia organizada nesta segunda-feira pela ONU, antes da Cúpula de Ação Climática dos líderes mundiais. A iniciativa do encontro foi do presidente francês Emmanuel Macron, juntamente com os presidentes do Chile, Sebastián Piñera, da Colômbia, Iván Duque, e da Bolívia, Evo Morales. O Brasil não participou.
Emmanuel Macron anunciou na reunião que a França irá contribuir com US$ 100 milhões para financiar, juntamente com o Banco Mundial e a Alemanha, o programa “Pro Green” de ajuda a projetos locais. O Banco Interamericano de Desenvolvimento vai apoiar ações desenvolvidas pelos países amazônicos. A Conservation Internacional, que é dirigida por Harrison Ford, investirá em iniciativas de ONGs, comunidades nativas e empresas privadas. O ator americano indicou hoje que a organização vai destinar US$ 20 milhões a estes projetos de defesa da Amazônia.
Outras contribuições
A verba anunciada nesta segunda-feira se soma aos US$ 20 milhões de ajuda de emergência para combater os incêndios na floresta amazônica, prometidos no final de agosto durante a cúpula do G7 de Biarritz. Ela também complementa as contribuições existentes do Fundo Amazônia, financiado pela Alemanha e Noruega, mas suspensas atualmente em protesto contra a política do governo Bolsonaro que, segundo Berlim e Oslo, encoraja o desmatamento.
Diante das críticas do Brasil, que acusa a França de questionar sua soberania na Amazônia, Paris reafirma que a iniciativa é “inclusiva”. “Está fora de questão contestar a soberania dos Estados, mas os programas serão lançados independentemente da posição brasileira”, assegurou a presidência francesa.
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